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O voo que Santa Maria precisa não pode ter escala nem interrupção – por Giuseppe Riesgo

“E a nossa população merece isso”. O nosso município “merece muito mais”

Santa Maria ainda não se consolidou no mapa do Brasil como um ponto de conexão entre o interior do Rio Grande do Sul e o sudeste do país. É urgente e necessário que tenhamos um voo direto para São Paulo.

Nos últimos dias, tenho acompanhado os esforços feitos pelo setor empresarial e administração municipal para estreitar laços com a Latam por meio de estudos de viabilidade que podem ‘convencer’ a empresa aérea a colocar o 5º maior município gaúcho novamente na rota para São Paulo. A linha foi lamentavelmente suspensa em maio de 2023, quando tivemos a conexão por menos de seis meses.

Isso significa que o município Coração do Rio Grande está há quase um ano sem conexão direta com a maior metrópole do Brasil. Situação igualmente grave e que, antes disso, se arrastava há quase duas décadas.

Para um município com o porte e a localização estratégica de Santa Maria, é essencial que se tenha uma estrutura aeroportuária mínima para se conectar ao restante do país e, assim, abrir as portas para receber mais investimentos, mais indústrias e, consequentemente, mais empregos.

A retomada dos voos, hoje, depende de uma liberação da Aeronáutica para a utilização de aeronaves a jato de grande porte. Por isso, as tratativas se estendem a outra companhia aérea como alternativa. É visível o empenho que vem sendo empregando desde 2019, quando a ampliação do nosso aeroporto foi autorizada. De lá para cá, vimos alguns avanços, mas seguimos praticamente isolados de grande parte do país, o que não contribui em nada para o crescimento que Santa Maria precisa.

O desenvolvimento constante depende de soluções definitivas, e temos muito pela frente ainda. Há muito o que se tirar do papel e, desde já, a população deve estar atenta aos planos da próxima gestão frente à importância de se investir em tudo aquilo que pode retornar em benefícios econômicos não só para o município, mas como para toda a região.

Um terminal aeroviário com boa estrutura é capaz de atender aos órgãos públicos e privados de diversos setores como o Ensino e a Pesquisa; a Saúde; o Agronegócio; a Engenharia Civil; principalmente na geração de empregos, algo que frequentemente preocupa os santamarienses.

Um aeroporto em pleno funcionamento também fomenta a instalação de grandes indústrias e empresas de porte nacional e multinacional que, ao abrirem suas portas geram emprego e renda. E a nossa população merece isso. Santa Maria merece muito mais.

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras

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6 Comentários

  1. Puxadinho da Base Aérea, voos para SP, etc. são o de sempre: a solução fácil para problema complexo, a ‘bala de prata’. Nenhum problema para os politicos que continuam recebendo seus votos e seu dimdim. O fator impeditivo é sempre externo, fora do controle, ‘não tem o que fazer’. Urb continua em decadencia até a população ‘cair na real’. Se não for tarde demais.

  2. ‘[…] omenta a instalação de grandes indústrias e empresas de porte nacional e multinacional […]’. Obvio que não. É a demanda que puxa a oferta. Ofertar onde não tem demanda é jogar dinheiro fora. Industrias e empresas existem para fornecer bens e serviços para um mercado consumidor. Os principais ficam no sudeste (Argentina quebrou). Se houvesse alguma materia-prima fundamental também serviria como atrativo. Mesmo a ‘mão de obra’ que tanto falam, a UFSM é uma fabrica de recem formados educados (nas areas significativas economicamente) por professores com pouca ou nenhuma experiencia na iniciativa privada (ou seja, noutro planeta).

  3. ‘[…] localização estratégica de Santa Maria, […]’. População/mercado não está igualmente distribuido no RS, basta ver o mapa apropriado. Marketing básico, PPP, produto, preço, lugar (place).

  4. ‘[…] é essencial que se tenha uma estrutura aeroportuária mínima para se conectar ao restante do país e, assim, abrir as portas para receber mais investimentos, mais indústrias e, consequentemente, mais empregos.’ Shopping Praça Nova veio sem estrutura aeroportuária. Shopee abriu um galpão logistico, o primeiro do estado, em POA. Empresas grande sempre têm uma fila de gente pedindo ‘investimentos’, porém ‘investimento’ significa geração de caixa futuro. Empresas de porte tem setores especializados (ou contratam consultorias) para detectar oportunidades.

  5. ‘É urgente e necessário que tenhamos um voo direto para São Paulo.’ Não, é só sair na rua e perguntar qual os tres maiores problemas de SM. Quem defende isto é a classe media alta, as patotinhas da aldeia. Simples assim. Como o ‘centro logistico’, cujo ‘argumento de defesa’ é um dos serviram para a urb virar centro ferroviário no inicio do seculo passado. Tempo que não tinha malha rodoviária estabelecida e/ou aeroportos em outras cidades. Conclusão é que a cidade está acefala e sem rumo. Fica como está porque é interesse de uma minoria. Simples assim. Sempre ‘falta alguma coisa’ que depende de uma ‘força externa’.

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