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UFSM. Comando da Greve reivindica que reitores intercedam para que governo retome negociações

Na segunda-feira (10), o presidente Lula se reúne com os reitores

Vice-reitora, Martha Adaime (segunda à esquerda na foto), recebeu ofício do CLG. Foto Arquivo Pessoal

Por Fritz Nunes / Sedufsm

Na manhã de sexta (7), o Comando Local de Greve (CLG) dos e das docentes da UFSM reuniu-se com a vice-reitora da UFSM, Martha Adaime. Durante o encontro foi entregue um ofício do CLG no qual é solicitado à reitoria da instituição para que, através da Associação Nacional de Reitores/as (Andifes), seja efetuada uma pressão para que o governo retome as negociações com docentes e servidores/as que estão em greve.

A iniciativa do CLG segue orientação do Comando Nacional de Greve (CNG), em seu Comunicado nº 63, datado de 6 de junho, que sugeriu apresentar ao(à)s respectivo(a)s reitores e reitoras, a contraproposta do ANDES-SN encaminhada ao Governo Federal, bem como engajá-lo(a)s nas demandas pautadas, sobretudo no que compete às condições de trabalho do(a)s servidores e servidoras e à ampliação do orçamento das Universidades, Institutos Federais e Cefets.

Após historicizar o processo de negociação com o governo, que nas últimas semanas tem enfrentado um impasse devido à intransigência governamental, o ofício encaminhado à gestão da UFSM finaliza da seguinte forma: “Diante desse cenário, solicitamos que Vossa Magnificência atue junto à ANDIFES para que, na reunião de 10 de junho próxima, a entidade busque sensibilizar o Presidente da República sobre o impasse gerado pela postura política de seus prepostos e sobre nossa disposição para a negociação. Nesse sentido, desejamos avanços concretos para viabilizar o funcionamento de nossas instituições e para assegurar direitos de nossa categoria.”

Reunião com Lula
Na segunda-feira (10), acontece um encontro convocado pelo presidente Lula com todas as reitoras e reitores das universidades e institutos federais, representados pelas Andifes e o Conif.  Contudo, conforme as próprias entidades, a pauta da reunião não foi divulgada. “A nossa expectativa é que seja tratado sobre orçamento e sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das universidades, que ainda não temos nenhuma informação. Esperamos também que seja abordado o tema da greve, mas gostaríamos que até lá já estivesse estabelecido um acordo entre governo e sindicatos”, diz a presidente da Andifes, Márcia Abrahão, que no último dia 4 de junho, se reuniu com diretoria e Comando de Greve da Federação de Servidores (Fasubra).

Na avaliação da vice-presidenta da Sedufsm, Marcia Morschbacher, ainda que a pauta da reunião não esteja nítida até o momento, é importante que se aproveite o espaço para a discussão da greve e suas pautas, destacando-se a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino, além da pauta salarial e carreira dos servidores/as docentes e TAEs”.

Para a diretora da Sedufsm, o governo Lula precisa prosseguir com a negociação. “Essa é a disposição das categorias em greve e a reunião pode ser um importante momento para intensificar a pressão sobre o governo quanto à negociação. Trata-se de mais uma frente de pressão”, diz Marcia.

Durante a reunião com a Fasubra, a presidente da Andifes comentou que mantém diálogo constante com o ministro da Educação, Camilo Santana, sobre o tema orçamentário. “Me ligou em 28 de dezembro dizendo que ia trabalhar para recompor aquele valor que tinha sido retirado na aprovação da Lei Orçamentária Anual. E realmente foi realizada a recomposição dos R$ 242 milhões. É muito pouco ainda. Mas foi um compromisso que o governo tinha assumido com a Andifes e cumpriu. E todos sabem que não é o suficiente”, reforçou a reitora, Márcia Abraão.

Ainda no que se refere à reunião com o presidente Lula na segunda-feira, Marcia Morschbacher ressalta que o movimento grevista tem autonomia em relação às reitorias, no entanto, “considerando os apoios de muitos conselhos universitários pelo país à greve dos/as TAEs e docentes, é legítimo que os/as reitores/as manifestem esse apoio junto ao governo e contribuam na pressão pela negociação. A greve tem pautas específicas das categorias, mas também a defesa da universidade pública e pela recomposição do orçamento das instituições”, frisa a vice-presidenta da Sedufsm.

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