Desafios nos céus gaúchos: o papel fundamental de Santa Maria na conectividade aérea para o desenvolvimento regional – por Giuseppe Riesgo
A situação do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre trouxe consequências graves para o Rio Grande do Sul, com uma queda drástica no volume de voos, afetando significativamente a conectividade aérea do estado. A transferência temporária de operações para outros aeroportos, como Canoas, Caxias do Sul e Passo Fundo, não foi capaz de absorver totalmente a demanda, deixando uma lacuna preocupante no sistema aeroportuário gaúcho.
As recentes declarações do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio da Costa Filho, ressaltam a urgência de se desenvolver um plano eficaz para lidar com essa situação. Ficar inerte e esperar pelo retorno do Aeroporto de Porto Alegre não é uma opção viável. Mesmo diante de desafios como condições climáticas adversas, é muito importante que o estado conte com a operação plena de aeroportos estrategicamente distribuídos.
Nesse contexto, é evidente que Santa Maria deveria desempenhar um papel centralizador. Localizada no coração do Estado, é geograficamente privilegiada, permitindo fácil acesso a todas as regiões do Rio Grande do Sul em um tempo relativamente curto. Embora já exista o aeroporto da cidade, compartilhá-lo com a Base Aérea limita a sua capacidade e sua funcionalidade como um aeroporto civil pleno. O potencial de Santa Maria poderia e deveria ser mais bem explorado, não apenas para atender às necessidades imediatas de conectividade aérea do estado, mas também para promover um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável em todo o Rio Grande do Sul.
Este momento pós-enchentes está sendo decisivo para o setor aeroportuário gaúcho e deixa claro que a dependência excessiva de Porto Alegre para operações aéreas é arriscada, sobretudo em casos de emergência.
Considerando a atual conjuntura de investimentos em infraestrutura, precisamos explorar a possibilidade de parcerias público-privadas ou a inclusão do nosso município no plano nacional de interiorização dos aeroportos.
Para Santa Maria, ter um aeroporto civil independente não apenas promoveria um crescimento econômico significativo na região, mas também estimularia o setor turístico, facilitaria o acesso aéreo e atrairia investimentos de empresas e eventos. A presença de uma universidade federal e de várias instituições privadas em Santa Maria reforça ainda mais a relevância de um investimento como este.
Portanto, é hora de agir. Oportunidades como essa não devem ser desperdiçadas, e a falta de menção pelo ministro ressalta a necessidade de uma abordagem mais assertiva e inclusiva para o desenvolvimento aeroportuário de Santa Maria.
(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras.
População da aldeia esta envelhecendo. Ensino superior esta perdendo força porque existem menos jovens, mercados de trabalho estão saturados, etc. O que se ve é tudo como sempre foi (inclusive copiando tendencias da moda, economia criativa, sustentabilidade, inovação, etc.) e parece que num golpe de sorte, totalmente por acaso, Santa Maria num belo dia vai despertar desenvolvida e a era de decadencia sera coisa do passado.
Santa Maria precisa de um ‘diagnostico’ feito por alguém de fora. Sem compromissos politicos, economicos, com ideias antigas ou erradas. Se pegarem alguém daqui vai falar o que os daqui querem ouvir, sem compromisso com a realidade.
Santa Maria precisa de um aeroporto. Ou, ao menos, a região precisa de um aeroporto. As consequencias, como diria o Conselheiro Acacio, vem depois.
‘[…] a falta de menção pelo ministro ressalta […]’ que ele estava preocupado em resolver o problema da Grande POA. Simples assim.
‘A presença de uma universidade federal e de várias instituições privadas em Santa Maria […]’. Nenhuma delas é Standord ou Universidade da California. Gente e conhecimento são mais faceis de movimentar. Não dizem que a urb é ‘exportadora’ de cerebros? O que liga com a cascata da migração, atingidos da cheia iriam resolver mudar para a cidade em massa porque mimimi.
‘[…] promoveria um crescimento econômico significativo na região, mas também estimularia o setor turístico, facilitaria o acesso aéreo e atrairia investimentos de empresas e eventos.’ Isto é vender terreno no Céu. Primeiro: recursos para um aeroporto civil tem que vir de fora. Crescimento economico, investimentos, eventos também depende de decisões tomadas fora daqui (por atores indeterminados ainda por cima). Algo que os ianques chamariam de ‘wishful thinking’. Alguém achar que alguma coisa vai acontecer só porque seria benéfico para este alguém.
‘[…] mas também para promover um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável em todo o Rio Grande do Sul.’ Afirmação digna do governo chines. Brasil não é homogeneo neste quesito. São Paulo está muito na frente. Com a curva demografica atual e com a tendencia (mundial, diga-se de passagem) das pessoas se concentrarem nas grandes cidades não se sabe se é factivel. Inviavel economicamente quase com certeza.
‘Potencial de desenvolvimento’ só existe na cabeça de algumas pessoas da urb. Otimismo demasiado, falta de noção ou ignorancia, não se sabe o maior responsavel.
‘[…] é evidente que Santa Maria deveria desempenhar um papel centralizador. Localizada no coração do Estado, é geograficamente privilegiada, permitindo fácil acesso a todas as regiões do Rio Grande do Sul […]’. Caveat, Quem quiser ir atras de economistas de sala de aula, vendedores de persiana e empresários que receberam o epiteto no inventario é um pais livre. Ao menos na teoria. Logistica é, grosso modo, entregar algo para alguém. Maiores densidades demograficas do estado são Grande POA e Caxias 300 Km de SM). Na enchente a cidade ficou isolada pela 287 (não foi a primeira vez). Capital ficou com a 290 inviabilizada. Acesso fácil então não procede em tempos bicudos. A distancia continua a mesma, muito longe.
Grosso modo logistica tem a ver com cadeias de suprimento, fluxo de bens e serviços. Engloba até gerencia de estoques. Quem lida diretamente com isto é o pessoal da engenharia de produção.