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PRESO. Marion Mortari, eleito para duas legislaturas em SM, é suspeito de participar de crime milionário

União Brasil decide não encaminhar o registro de candidatura do ex-vereador

Por José Mauro Batista (com foto de Reprodução/TV Câmara) / Editor do site Paralelo 29 (*)

O União Brasil não irá encaminhar o registro da candidatura à Câmara de Santa Maria do ex-vereador Marion Mortari, que foi preso na terça-feira (30) em uma operação da Polícia Civil contra investigados em um furto de mais de R$ 12 milhões em uma joalheira de Ijuí.

Conforme as investigações, Marion, que já foi vereador em Santa Maria por duas legislaturas e candidato a vice-prefeito, teria alugado o carro que foi utilizado no crime, ocorrido em 28 de janeiro deste ano na Óptica Wolff, localizada no Centro de Ijuí.

“A orientação da executiva é que não vamos encaminhar o nome dele para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em um primeiro momento. Vamos aguardar ele se defender, já que tem o direito de defesa, mas, dificilmente, vai dar tempo dele reverter a situação”, disse o coordenador regional do União Brasil, Ronei Gamboa, que integra a direção estadual da sigla.

Gamboa pondera que até a convenção do União Brasil, ocorrida no último dia 20, o ex-vereador apresentou todos os documentos necessários para ser candidato, como as negativas da Justiça. Até então, segundo o dirigente, Marion estava com a ficha limpa.

Na noite de terça-feira, logo após a prisão, o Paralelo 29 procurou a direção local do União Brasil, que disse não estar sabendo da prisão do ex-vereador. O presidente Marcelo Bisogno disse que encaminharia os questionamentos à direção estadual do partido.

Num primeiro momento, o coordenadoria regional do União Brasil disse que o partido não se manifestaria porque não tinha nenhuma confirmação oficial da prisão de Marion. A manifestação oficial do partido só veio no momento em que o nome de Marion foi divulgado na imprensa.

A prisão e o crime

Segundo informações do jornal Zero Hora, Marion estava em uma propriedade rural no momento em que foi preso. Ele está recolhido provisoriamente na Penitenciária Modulada de Ijuí.

A prisão do político e de outros dois suspeitos do furto milionário ocorreu no âmbito da Operação Áurea, desencadeada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Houve ações policiais em Santa Maria e em Florianópolis (SC).

O furto ocorreu em 28 de janeiro deste ano na Óptica Wolff, localizada na Rua 15 de Novembro,no Centro de Ijuí. Segundo as investigações, os ladrões teriam cerrado a grade de uma janela da peça onde estavam cofres da joalheira.

Depois, conseguiram abrir os cofres e furtar objetos de valor, avaliados em mais de R$ 12 milhões. Para evitar o registro da ação, eles cobriram as câmeras de videomonitoramento da joalheria.

Quem é Marion Mortari

Vereador eleito pela primeira vez pelo Progressistas (PP) em 2008 para a legislatura 2009-2012. Em 2011, ele deixou o PP e ingressou no PSD

Em 2014, o vereador, que havia sido reeleito, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pelo fato de uma de suas assessoras ter facilitado o agendamento de uma consulta em uma unidade básica de saúde em nome de Marion, o que foi entendido pela ustiça Eleitoral como ilegal por favorecer candidato em período eleitoral, na campanha de 2012

Depois de uma legislatura fora da Câmara, Marion Mortari foi eleito em 2016 e retornou para a legislatura 2017-2020 pelo PSD

Em 2020, concorreu a vice-prefeito na chapa do também vereador Luciano Guerra (PT)

No último dia 20, a convenção do União Brasil oficializou o nome de Marion Mortari como candidato a vereador nas eleições de outubro

Político teria alugado veículo usado no crime

Ainda de acordo com a reportagem de Zero Hora, fontes ouvidas pelo jornal informaram que o ex-vereador foi o responsável por alugar o veículo usado no crime, em nome dele.

Essa versão bate mais ou menos com a de fontes ligadas ao político em Santa Maria, de que ele teria um carro que estava alugado para transporte por aplicativo. O ex-vereador desconheceria a ação criminosa.

A prisão surpreendeu dirigentes e pessoas próximas do ex-vereador, que acreditam que Marion não se envolveria nesse tipo de ação criminosa. Apesar disso, acreditam que as evidências podem complicar bastante a situação do político.

A reportagem de ZH revela, segundo fontes policiais, que a investigação comprovou, mediante quebra de sigilo telemático, que Marion estaria em Ijuí no dia e na hora do furto à joalheria.

Os outros mandados de prisão foram cumpridos em Santa Maria e Florianópolis. Os policiais apreenderam veículos e houve o bloqueio de ativos.

De acordo com policiais ouvidos pela reportagem, o ex-vereador foi o responsável por alugar o veículo usado no crime, em nome dele. Conforme eles, a investigação também comprovou, mediante quebra de sigilo telemático, a presença de Marion Mortari em Ijuí no dia e hora do assalto.

Para ler no original, clique AQUI.

(*) Esse material foi publicado com a autorização do editor do Paralelo 29, dentro do acordo de parceria que une os dois sites.

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