NAS INTERNAS. De repente, o balaio de pesquisas registradas no TSE. E os últimos e decisivos debates

Por Claudemir Pereira / Editor do Site

– E não é que, de repente, um balaio cheio de registro de pesquisas apareceu no site do Tribunal Superior Eleitoral, acerca do pleito municipal santa-mariense.

– Mas, atenção, apenas o primeiro dos quatro levantamentos tem contratante. Todos os demais são bancados pelos próprios institutos que os estão fazendo.

– O que isso significa? Que os pesquisadores querem mostrar seu serviço ou, o mais provável, suspeita o escriba, registraram para tentar depois buscar um comprador.

– No final das contas, não é improvável, se for o segundo caso e não surgir interessado, que a pesquisa sequer seja feita. Melhor, então, aguardar.

– Quanto ao de autoria conhecida e contratante também, este é da campanha de Roberta Leitão, do PL, que anuncia o pagamento do trabalho (R$ 20 mil), com troco oriundo do Fundo Partidário.

– Quem fará a pesquisa é o Instituto Gaúcho de Pesquisa de Opinião (Igape), que previa 700 entrevistas entre este domingo e segunda e divulgação no dia 2, quarta. Margem de erro: 3,7%.

– E quais são os outros três trabalhos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, com as informações mais importantes?

– Um deles, registrado no dia 28, é do Stúdio Pesquisas, feito com recursos próprios (R$ 25 mil). São 400 entrevistas entre os dias 2 e 4, data da divulgação do resultado. A margem de erro: 4,7%.

– Outro, registrado dia 27, é do Instituto Verita, igualmente com recursos próprios: R$ 32.157. São 810 entrevistas nos dias 27 e 28, com divulgação na quinta-feira, dia 3, e margem de erro de 3,5%.

– Por fim, o terceiro, no TSE desde o dia 27, é do Amostra Instituto de Pesquisa. Custo, auto bancado, é de R$ 32 mil. São 600 entrevistas entre os dias 28 e 30, divulgação dia 3 e margem de erro de 4,08%.

– Ao site parceiro, “Paralelo 29”, Robson Zinn, advogado da coligação liderada por Giuseppe Riesgo, do Novo, disse que pretende impedir, na Justiça, a divulgação de algumas das pesquisas.

– O primeiro alvo de Zinn é o Igape, contratado pela candidata Roberta Leitão. Segundo o advogado, o instituto já teve problemas e responde a oito processos por não respeitar as técnicas estatísticas.

– No pedido à Justiça Eleitoral, a coligação de Riesgo (Novo) questiona, entre outros pontos, irregularidade no questionário aplicado e erro do plano amostral.

– A ação é contra o instituto e contra a coligação PL-Podemos, segundo informou o site parceiro. Aliás, Zinn também pretendia protocolar, neste domingo, ação contra a a pesquisa do Instituto Amostra.

– Quanto aos outros levantamentos registrados, ainda haveria uma análise por parte do advogado.

– De todo modo, do ponto de vista político, pesquisas podem servir, afinal de contas, para alguma coisa, dependendo da posição dos candidatos. Mas já há uma tentativa de criar uma espécie de “voto útil”.

– Não é para ganhar a eleição, mas ir ao segundo turno. Especialmente Giuseppe Riesgo e Roberta Leitão, mirando o eleitor de um e de outro, e também o de Rodrigo Decimo.

– E qual o objetivo e o discurso da dupla? Se diz o “único” ou “única” capaz de “derrotar o PT, no segundo turno”. Enfim, é uma tentativa clara de chegar a frente de Decimo, o favorito à 2ª vaga.

– Imagina-se, também, que essa deva ser a estratégia a ser utilizada nos últimos grandes confrontos midiáticos antes do pleito. São os debates finais.

– O primeiro e decisivo deles, talvez, acontece nesta segunda-feira. Promovido pelo Grupo Diário e transmitido por rádio, tv e internet, deve definir as estratégias últimas dos candidatos.

– O segundo, e derradeiro, será na quinta-feira, dia 3, em promoção da RBS-TV. Talvez, pela quantidade mínima de indecisos (se for esse o caso), menos decisivo.

– A aposta é que a cautela norteará o último confronto. Quanto mais não seja porque, se houver um erro, por mínimo que seja, talvez não haja mais tempo para consertar.

– Para fechar! Vem aí uma avalanche de santinhos, sobretudo por parte dos candidatos à Câmara. A disputa acirrada faz o pessoal jogar os últimos cartuchos. Afinal, se não for agora, quando será?