IGREJA. Padres lançam nota de apoio a D. Leomar, após a proibição de bailes em festas de padroeiros
Arcebispo sofre críticas, depois de “viralizar” uma publicação fora de contexto
Por Maiquel Rosauro
Os padres da Arquidiocese de Santa Maria divulgaram uma nota pública de apoio ao arcebispo metropolitano Dom Leomar Brustolin. O documento foi divulgado, nesta quarta-feira (6), após viralizar um vídeo em que o religioso é erroneamente acusado de ter proibido bailes em todas as festas de padroeiros da Arquidiocese. Na nota, o clero aponta que as críticas são infundadas.
O Conselho Arquidiocesano de Pastoral, por unanimidade, em 19 de outubro, decidiu que, a partir de 2025, nos festejos em honra aos padroeiros das comunidades serão proibidos os bailes nos salões das paróquias. No dia seguinte, durante uma homilia na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Restinga Sêca, Dom Leomar relatou que estava contente com a decisão dos padres.
“Que história é essa que nossas paróquias fazem tanta festa com tantos bailes? Isso foi decisão do Conselho e claro que o bispo assinou (…). O Conselho votou por unanimidade, depois não vão atacar o bispo (…). Ano que vem, porque é ano jubilar, em nenhuma capela, em nenhuma igreja, vai ter baile, nenhum. Sabe por quê? Porque descobrimos que, às vezes, fazem uma festa e vem 50 pessoas para a missa, 150 para o almoço e 300 para o baile. E a minha pergunta: a Igreja existe para baile? E vamos falar sério, os que mais vêm são da terceira idade, os idosos. Umas músicas bagaceiras, que eu morro de vergonha. É ou não é? E dá para continuar assim? Não dá. Vamos mudar isso”, disse Dom Leomar.
Em sua homilia, o arcebispo ainda comentou que bailes que ocorrem em algumas capelas, nas tardes de domingo, acabam na delegacia devido às brigas entre bêbados, já que a Igreja vende bebida alcoólica nesses eventos.
Abaixo, confira a parte da homilia em que o bispo fala sobre o assunto (a partir de 32min50s):
Contudo, nas redes sociais, circula um trecho do discurso com a legenda “Bispo proíbe bailes em todas as festas de padroeiro de sua Diocese”. A informação está equivocada, uma vez que a decisão não partiu unicamente de Dom Leomar.
Na nota divulgada pelos padres, é explicado que a decisão foi tomada em conjunto na Assembleia do Clero, em 16 de outubro e, posteriormente, aprovada por unanimidade pelo Conselho Arquidiocesano Pastoral, em 19 de outubro.
“(A publicação nas redes sociais) descontextualizada, gerou uma onda de críticas e manifestações públicas inclusive por parte de líderes de nossas comunidades. E, diante disso, como Clero da Arquidiocese de Santa Maria, não podemos tolerar que se falte com respeito para com o Arcebispo Metropolitano, muito menos que se levem críticas levianas e infundadas. Viemos, portanto, a público manifestar que essa decisão é de toda a Arquidiocese de Santa Maria e que nosso Arcebispo Dom Leomar não tomou uma decisão autoritária”, diz trecho da nota.
Abaixo, confira o texto na íntegra:
Em cidade do interior até as ‘polemicas’ são bisonhas.
Arcebispo moralizando a coisa. E criando um novo produto, comunista tipo exportação.
A vinda desse Arcebispo foi um atraso para Santa Maria, que mandou embora a querida Irmã Lourdes Dill e terminou com as Cebs.