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CLIMA. Nova normalidade climática torna necessária adaptações para a sobrevivência do ser humano

Calor extremo e as “enchentes de maio” são duas faces de um mesmo cenário

No dia 10 de fevereiro de 2025, Porto Alegre foi a capital mais quente em território nacional (Foto Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Bruna Homrich / Da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Do ano passado para cá, o Rio Grande do Sul tem estampado manchetes nacionais por motivos não exatamente louváveis. Após as enchentes de abril e maio de 2024, que vitimaram fatalmente 183 pessoas, deixaram 27 desaparecidos e desaparecidas, desalojaram mais de 500 mil famílias e geraram um prejuízo econômico de R$ 87 bilhões ao país, o ano de 2025 já iniciou fazendo gaúchos e gaúchas apertarem o botão de emergência.

No dia 10 de fevereiro de 2025, Porto Alegre era, pela segunda semana consecutiva, a capital mais quente do país. Um pouco antes, em 4 de fevereiro, a cidade de Quaraí, situada na fronteira oeste do estado, foi a mais quente do país, com os termômetros marcando 43,8ºC.

Em uma tentativa de compreender por que nossas cidades vêm superaquecendo tanto e por que a vida no sul do Brasil tem registrado cada vez mais momentos sôfregos, a Assessoria de Imprensa da Sedufsm ouviu dois professores da UFSM que estudam fenômenos climáticos e os questionou a respeito dos extremos climáticos, da maior intensidade e frequência de catástrofes ambientais e das projeções para o futuro, caso o cenário climático não conheça mudanças significativas.

A nova normalidade climática

Docente do departamento de Física da UFSM, com formação em Meteorologia, Vagner Anabor atesta que o aquecimento global está conduzindo o planeta para uma nova normalidade climática, caracterizada pelo aumento de eventos extremos. Para sobreviver em tal realidade, diz o docente, será exigida muita adaptação.

“Após a revolução industrial, a queima de combustíveis fósseis tem liberado quantidades substanciais de gases estufa, resultando no aquecimento global e na quantidade de energia disponível no sistema terrestre. Isso estressa a dinâmica do sistema natural causando mais eventos extremos na tentativa de reestabelecer o equilíbrio. De uma forma mais simples, mais gases estufa = mais energia/calor no sistema terrestre = mais eventos climáticos extremos”, explica Anabor.

Dentre os gases estufa, o principal é o Dióxido de Carbono (CO₂), responsável por cerca de 60% do efeito estufa e originado majoritariamente da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural), do desmatamento e das queimadas. Seus efeitos são cumulativos pois, após liberado, esse gás permanece na atmosfera por até mil anos.

Frente à maior intensidade e frequência das catástrofes ambientais do país, as e os militantes pelo clima têm endurecido suas críticas à perfuração de poços em busca de Petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. Ambientalistas argumentam que a vasta biodiversidade da região, a exemplo do maior cinturão de manguezais do mundo, pode ser gravemente afetada com a exploração econômica.

A relação dessa disputa no norte do Brasil com o cenário climático no Rio Grande do Sul não é tão difícil de ser realizada, já que os extremos climáticos são ocasionados pelo aquecimento global, proveniente, em sua maioria, da queima de combustíveis fósseis. Nesse sentido, a urgência de uma transição energética, que substitua gradualmente os combustíveis fósseis por fontes renováveis, coloca-se na ordem do dia.

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