A matéria, publicada no jornal eletrônico Sul21, com informações originais da agência de notícias O Globo, é autoexplicativa e a ela o editor se submete, sem qualquer reparo ou comentário. Confira:
“Militar apontado como torturador quer impedir Comissão da Verdade
Apontado em listas de vítimas da ditadura como um torturador daquele período, o coronel reformado Pedro Ivo Moézia de Lima ingressou com uma ação popular na Justiça Federal de Brasília para impedir a criação da Comissão da Verdade, legislação já sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em novembro. O coronel Moézia, que integrava o núcleo de oficiais do comando do Doi-Codi de São Paulo no início dos anos 1970, é o primeiro a ingressar com uma ação judicial com o intuito de impedir a criação do grupo, que terá o poder de investigar casos de violação de direitos humanos ocorridos durante a ditadura, mas não de criminalizar os casos de tortura, morte e desaparecimento de vítimas. Moézia está tentando articular uma rede, com ações semelhantes em todos os estados do Brasil.
O militar alega na ação que a Comissão da Verdade é inconstitucional e que só visa a satisfazer um lado, o da esquerda. Ele também qualificou a instalação da comissão como um ato de “revanchismo”. “Querem nossas cabeças de bandeja. Vou enfrentar. Sou a primeira voz que se levanta contra esse abuso. Que verdade é essa que vai ouvir um lado só? Não entendo essa fúria contra nós. Quem matou civis inocentes foram esses terroristas” disse em entrevista ao O Globo, em sua residência, em Brasília. Durante a entrevista, Moézia chegou a ligar para o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Doi-Codi naqueles anos…”
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Rondon, como que a luta armada só começou após o governo militar? A cupula militar da guerrilha do araguaia era oriunda da intentona comunista de 35, Em 61 Oswaldão fez curso de guerrilha em Pequim, tem o “racha do partidão” pela opção da luta armada versus a politica da convivencia pacífica…fala sério
Tens que mandar para a cadeia os terroristas não os que protegiam a nação
Há uma distorção na história que deve ser corrigida: os militares romperam com a ordem legal e não só impediram a posse de João Goulart, como fecharam o congresso etc, etc, etc…. A tal violência da esquerda, com os grupos de guerrilha urbana e rural somente surgiram quatro anos depois reagindo à violência do Estado e – só então – utilizando o ideário marxista como referencial para a luta contra a ditadura militar. A máquina repressiva, em 68 (quando se iniciaram as ações da esquerda armada) já estava montada e muitos opositores, democratas, já enchiam as prisões, sob a acusação de serem comunistas (algo intolerável durante a guerra fria). Houve violência de ambas as partes? Sim, mas se levarmos em conta as liberdades constitucionais, a resistência armada ao despotismo é um dos direitos clássicos garantidos em lei, em especial, quando aqueles que mantém no contrato social a responsabilidade de conservar a ordem, decidem quebrar a hierarquia legal e tomarem o poder pela força. As mudanças políticas pelo qual passava o Brasil era norteado pelo congresso, cuja maioria – pasmem – não era comunista, muito menos liberal, mas conservadora. Em outras palavras, o rompimento veio apenas para guindar à direita o parlamento.
Não houve uma guerra…houve um massacre em meio a uma luta fraticida e desigual: menos de 2 mil guerrilheiros, mal armados e isolados da população, contra milhares de soldados, policiais, políticos e agentes estrangeiros e financiamento de um Estado autoritário. A população, de maneira em geral, ignorou essa tensão bélica, sentindo na pele apenas as ações despóticas na área social e aproveitando os efeitos tênues de um milagre econômico que culminou no endividamento do Brasil e a uma série de recessões e uma inflação que somente foi contida na década de 90…. Comparar os lados em conflito é tarefa hercúlea e inútil: a violência estatal sempre é superior àquela que se opõe e muito mais injusta, por adaptar as leis a essa violência.
O período da ditadura é uma ferida aberta. Se houve mortes entre aqueles que defenderam a ditadura, não houve desaparecidos. Isso pressupõe, por outro lado, que membros do Estado, responsáveis pela ordem legal, tiveram nas mãos, submissos, opositores que optaram pela resistência armada. E, em vez de levá-los à justiça, os mataram (sob o manto da obscuridade e demência política) e – crentes que faziam algo errado dentro da estrutura de lei que juraram defender – desapareceram com seus corpos.
Não se trata de indenizações aos guerrilheiros, que tomaram em armas para defender a ordem profanada pela escória fascista, mas de milhares de cidadãos que, sem se envolver no conflito bélicos, foram presos, torturados e – até – mortos pelos serviços de informação Estatal. A indenização maior é levar esses torturadores às grades, ou nem tanto, à cadeira de réus, onde devem expiar seus pecados e deixar livres os espíritos daqueles que foram mortos entre quatro paredes, amarrados e sem a proteção de vida que a constituição brasileira sempre previu.
Onde esse Brasil vai parar.Como educar, hoje, as crianças. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho…De um lado os ditos revolucionários, que tb mataram e tb roubaram em nome de uma suposta democracia é só ler os jornais da época. A luta era justa? Era sim se para isso não tivese que assaltar bancos por ex..Do outro os milicos que fizeram todos os tipos de atrocidades. Para quê? Para se manter no poder. Há o PODER. O certo que nem um dos dois grupos estavam certos. Lutar por causa justa é sempre bom, a qualquer tempo, desde que seja uma luta limpa e não foi beeeeeem isso que ocorreu. Mais recentemente temos como ex. a luta pelas diretas já e depois os caras pintadas. Ouve excesso dos dois lados, cada um dizia ter suas razões. Mas e hoje, hoje o grupo supostamente lesado faz uma lei para, é claro, beneficiar os que “lutaram” por uma democracia visando o quê? Indenização. E é claro que não vai virar precatórios. Do outro lado querem jogar para debaixo do tapete uma sujeirada tão grande que nenhum tapete do mundo pode cobrir. Então como fica. A briga iria longe se não tivese alguns da alta cúpula política esperando de boca aberta para abocanhar algo que não é seu.
Dito isso registro que minha opinião é: se a Comissão da Verdade tem o intuito de revelar EXCLUSIVAMENTE tudo o que ocorreu durante o periodo da ditadura, DE AMBOS OS LADOS,não gerando indenizações, pelo digamos assim, prejuizos pessoais e morais sofridos, a Comissão da Verdade deve começar ONTEM pq já é tarde.