MídiaPolítica

ANÁLISE. “Cobertura” do livro sobre privataria expõe denuncismo seletivo da Mídia

Bueno. Quem lê o que este editor escreve, especialmente quando ele opinia, já sabe o que pensa o sítio acerca da mídia nativa – e em toooodos os níveis. As denúncias são sempre seletivas. Há as divulgáveis, ampliáveis e até defensáveis à exaustão. Já outras são simplesmente ignoradas. E ainda clamam pela “imparcialidade”.

Agora, temos exemplo nacional. A mídia conseguiu ignorar (ou, em casos raros, mistificar) um livro que se encontra na lista dos mais vendidos até mesmo numa das publicações maiores dela própria – no caso, a ex-revista Veja. Então, vamos fazer o seguinte: para não ficar com o que este escriba pensa, acompanhemos texto de Luciano Martins Costa, publicado no Observatório da Imprensa, sítio mais prestigiado do País no seu ramo. A seguir:

O livro e a imprensa, um ponto de ruptura

Esta semana marca um ponto de ruptura da imprensa brasileira tradicional, aquela chamada de circulação nacional. O fato de os principais jornais do país haverem ignorado o tópico mais divulgado na internet – o livro que denuncia atividades criminosas atribuídas a familiares e pessoas próximas do ex-governador José Serra – representa uma declaração pública de que a imprensa tradicional não considera relevante o ambiente midiático representado por blogs, sites independentes de empresas de mídia e grupos de discussões nas redes sociais.

A fidelidade canina das grandes empresas de comunicação ao político Serra é um caso a ser investigado por jornalistas e analisado por cientistas políticos. Na medida em que essa fidelidade chega ao ponto de levar as bravas redações – sempre animadas para publicizar toda espécie de malfeitoria envolvendo protagonistas do poder – a fingir que não tem qualquer relevância o fenômeno editorial intitulado A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., cria-se um precedente cujas consequências não se pode ainda avaliar.

Por iniciativa da imprensa tradicional, aprofunda-se o fosso que a separa da mídia alternativa.

Debate aberto

Não que tenha arrefecido o ímpeto dos jornais por dar repercussão a todo tipo de denúncia: estão nas primeiras páginas, nas edições de quinta-feira (15/12), o ministro Fernando Pimentel, o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz e o publicitário Marcos Valério.

Cada um desses personagens tem uma história a explicar para a sociedade, mas a imprensa, ao proceder com tão escancarado desequilíbrio nos critérios de edição, se desqualifica como meio legítimo para mediar a questão com a sociedade…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SIGA O SITÍO NO TWITTER

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Concluí ontem, após uma pausa no fim de semana, a leitura do livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., A Privataria Tucana. Acho até difícil comentar… É algo tão escabroso aquilo que foi feito pelos tucanos, com a cumplicidade interesseira da mídia, coisa que a maioria de nós já sabíamos, porém sem tantos detalhes embasados por documentos oficiais públicos.
    O FHC sabia de tudo, o Serra, idem, sua família (filha, genro, primo) como principais envolvidos, além do círculo de amigos (terá amigos o Serra?) e correligionários, todos fizeram sua parte no desmonte nacional que FHC definiu como “o fim da Era Vargas”.
    São tantos os crimes praticados por essa trupe que duvido que a CPI proposta pelo deputado Protógenes não seja instalada na próxima semana, até porque eu conheço o atual presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e acredito que ele agirá com a seriedade que o assunto requer.
    A mídia, sempre tão pronta a denunciar a base aliada e os governos Lula e Dilma, muitas vezes sem prova nenhuma, agora está muda diante dessa monstruosidade. Essa omissão é intencional já que ela ganha e ganhou com isso.
    Para testar, pesquisei o assunto no site da RBS; não encontrei praticamente nada. Lógico, um dos cabeças do PSDB, Pedro Parente, saiu direto do governo FHC para dirigir a RBS. O banqueiro Armínio Fraga, ministro daquele governo, da fazenda, se não me engano, tornou-se acionista da rede sulina. Daí é que não sai nada.
    E não adianta tergiversar, como muitos comentaristas deste sítio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo