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OLHAR DE FORA. Cientista político e o quadro eleitoral de Santa Maria: ‘nada é imutável’

Este editor, claro, tem sua opinião. E a expõe diariamente por aqui. Especificamente em relação ao quadro eleitoral, no entanto, sempre é possível que a proximidade contamine a análise. Sim, isso não pode ser descartado, não obstante a já historicamente óbvia independência do profissional ao “ver” o quadro disponível – o que não elimina erros, claro.

Dito isto, é bastante interessante verificar como quem não vive aqui. No caso, vamos conferir o que pensa (e os dados objetivos que também oferece) o cientista político Benedito Tadeu César. Ele é especializado em análise política, partidos, pesquisas de opinião e comportamento eleitoral – além de ser o diretor executivo do ótimo jornal eletrônico Sul21. A seguir:

O cenário eleitoral em Santa Maria hoje

Cidade universitária e militar, com tradição de polarização política e alternância no poder municipal, durante muito tempo com economia estagnada e hoje em processo de retomada do desenvolvimento, acompanhando o quadro nacional, Santa Maria detém o 11º PIB municipal no Rio Grande do Sul e o 5º maior contingente populacional e de eleitores no estado. Com menos de 200 mil eleitores, entretanto, suas eleições muncipais se decidem em apenas um turno.

Berço político do governador Tarso Genro (PT) e do seu líder na Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira (PT), mas governada atualmente por Cezar Schirmer (PMDB), que se candidata à reeleição, Santa Maria, tal como ocorre na maioria dos municípios brasileiros, vive hoje momentos de intensas articulações políticas para a composição das chapas e das coligações para as próximas eleições municipais. Enquanto o PMDB tenta manter-se no poder municipal e, para isto, busca agregar o maior número possível de partidos aliados, o PT, que já governou o município nos oito anos anteriores, tenta voltar ao poder e, para isto, apresenta como candidata Helen Cabral, sua vereadora mais votada no município, e procura ampliar o arco de suas alianças.

A se manter, no entanto, a tradição política do município, serão três ou mais os candidatos em disputa. Desde as eleições de 1992, ao menos, todos os grandes partidos já governaram Santa Maria. De 1993 a 1996, foi José Farret o prefeito, eleito pela coligação PDS/PFL. Entre 1997 e 2000, o prefeito foi Osvaldo Nascimento da Silva, numa coligação que uniu o PTB, o PL e o PFL. Entre 2001 e 2008, por dois mandatos consecutivos, a prefeitura foi comandada por Valdeci Oliveira, compondo uma chapa encabeçada pelo PT em aliança com o PSB e o PCdoB. Desde 2009 é o PMDB e o PP que governam, com Cezar Schirmer como titular e José Farret como vice.

Em todos os pleitos eleitorais desde 1992, sempre disputaram três ou mais candidatos. O interessante é que sempre que as eleições municipais em Santa Maria foram disputadas por apenas três candidatos o vencedor abriu larga vantagem sobre o segundo colocado. Em contrapartida, sempre que houve quatro ou cinco candidatos, a diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi estreita. Considerando-se o total de votos válidos, em 1992, com três candidatos, Farret obteve 57% dos votos; em 1996, com quatro candidatos, Nascimento Silva venceu com 39,22%; em 2000, com cinco candidatos, Valdeci obteve 33,08%; em 2004, com quatro candidatos, Valdeci foi reeleito com 37,64% e, em 2008, com três candidatos, Schirmer foi eleito com 51,30%…”

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3 Comentários

  1. Se o prefeito Schirmer, não fosse tão medroso não pegava todos estes mamadores d teta incompetentes que andão por ai, pois só ele e o raposão do Farret, vão fazer mais d sessenta por sento dos votos, pois com estes adversarios que estão se apresentando so Pozzobon, pode mudar o quadro, caso contario o passo continuara poluido.

  2. Foi extremamente gentil com o “durante muito tempo com economia estagnada e hoje em processo de retomada do desenvolvimento, acompanhando o quadro nacional…”.

  3. O cientista político Benedito Tadeu César, mencionou em sua análise que o PSOL deverá lançar candidato próprio à prefeitura, o que tiraria, segundo ele, votos de Helen Cabral (PT); no entanto, o nobre cientista político esqueceu de mencionar que o Partido Verde (PV) lançará Laurindo Lorenzi Filho (PV) como candidato a prefeito, o que, salvo melhor juízo, poderá retirar alguns poucos (mas importantes) votinhos do Prefeito César Schirmer (PMDB). Se Schirmer jogasse bem xadrez (jogo de estratégia) chutaria o tucano Luiz Alberto Carvalho Junior (PSDB) da secretaria de proteção ambiental e traria novamente para o governo o ex-secretário e atual candidato do PV à prefeitura. Alguns poderão dizer que o candidato verde é inexpressivo, mas não esqueçam que em um passado recente as eleições municipais majoritárias foram decididas por pouco mais de 600 (seiscentos) votinhos…

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