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CPI PORCINA. Agora, será ouvido (mas talvez não fale) o dono da Delta. Ah, e tem também o Pagot

A que “foi sem nunca ter sido”. Assim é a chamada CPI do Cachoeira, no Congresso Nacional. Que, se não ouvir Policarpo Júnior e a direção da editora Abril, responsável pela ex-revista Veja, perderá o sentido – pois aí está o indício de um dos principais núcleos da bandidagem explícita – simplesmente não existirá.

Nesta semana, por exemplo, está convocado o dono da Delta, um dos elos da corrente, mas que talvez não fale, pois está buscando um habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal, com a alegação de que não se pode autoincriminar. Quem falará, mas esse dificilmente quererão espremer (pode sobrar, literalmente, para toooodo mundo) é o ex-diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot.

Mas, enfim, a vida segue, sem a importância que os caras da CPI se dão. E sobre o que acontece (?) na semana, confira a reportagem de Ginny Morais, da Rádio Câmara, distribuída pela Agência Câmara de Notícias. A seguir:

CPMI do Cachoeira deve ouvir Cavendish e Pagot a partir de terça

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira vai ouvir na próxima semana os dois depoimentos mais esperados, desde a instalação.

O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, foi convocado para terça-feira (28). No dia seguinte é a vez do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish. A convocação do empresário que elevou a Delta ao patamar de uma das maiores construtoras do País, maior detentora de contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em vários estados, foi pedida por 11 requerimentos assinados por 14 parlamentares.

A probabilidade de Fernando Cavendish usar o direito constitucional de ficar em silêncio é grande. A defesa do empresário já impetrou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de liminar para não comparecer à reunião, o que já era esperado pelo próprio presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que disse não esperar muito do depoimento de Cavendish.

Vital do Rêgo precisará administrar a pressão de alguns parlamentares contrários ao atual rito da CPMI de dispensar imediatamente os…”

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