MÍDIA. A venerável Newsweek deu uma de Veja e vai fechar sua edição impressa. Será uma tendência?
A revista Newsweek é uma das mais prestigiadas e lidas do planeta. Quer dizer: era. Ou seria. Ou… Bem, o fato: depois de 79 anos de existência impressa, seus controladores decidiram que ela irá apenas para a internet, em 2013. Coincidentemente ou não, para tentar salvar-se imitou o que a ex-revista Veja faz no Brasil, como você lerá mais abaixo.
Ah, mas não é o único venerando veículo impresso que se muda de mala e cuia para a Web. O britânico The Guardian vai pelo mesmo caminho. Só falta anunciar a data. E o não menos tradicional The New York Times já está comunicando sua chegada ao Brasil, na versão online. O que provoca temores bastante visíveis em seus colegas nativos.
Aliás, o jornalismo como negócio está com problemas, na sua forma tradicional. E, pior, sofre no meio online, onde empresas menores estão muito melhor aparelhadas e, sobretudo, ágeis, para enfrentar um novo tempo. É sobre isso, inclusive com a citação de um grupo gaúcho, que reflete Carlos Castilhos, em artigo no Observatório da Imprensa, o maior portal especializado do setor, no Brasil. Confira:
“A crise na imprensa mundial e os negócios jornalísticos no Brasil
A semana de 14-20/10 vai ser lembrada pela indústria do jornalismo como uma das mais pessimistas para o setor desde que passou a enfrentar o dilema de mudar a receita de lucratividade devido ao surgimento da Web como uma nova plataforma de transmissão de noticias e informações.
A revista Newsweek comunicou o fim de suas edições impressas após 79 anos de circulação semanal (ver, no Observatório, “Revista estará apenas online a partir de 2013”). Aumentaram os rumores de que o jornal britânico The Guardian também trocará o papel pela internet e a “Dama Grisalha’ de Nova York, o New York Times, anunciou sua intenção de abrir uma edição brasileira online para tentar reduzir as perdas com a redução da circulação nos Estados Unidos.
São noticias ruins, mas já esperadas há pelo menos uma década. Este foi o tempo que as grandes empresas tiveram para tentar encontrar soluções para suas estratégias corporativas. A maioria tentou paliativos para minimizar prejuízos enquanto deslocava investimentos para outras áreas mais rentáveis. Um movimento para ganhar tempo, compreensível porque uma grande empresa não altera suas estratégias da noite para o dia.
As pequenas empresas são muito mais ágeis na hora de mudar, logo têm mais chances de sobreviver. Para as grandes, a mudança para sobreviver pode ser crítica – o grande “calcanhar de Aquiles”, seu ponto mais vulnerável apesar do poderio econômico e da enorme influência política.
A Newsweek optou por um modelo exclusivamente online com acesso pago e investimentos na área de eventos, coisa que os grupos RBS e Globo já fazem no Brasil. Mas a mudança de rumo da semanal norte-americana foi vista como uma aposta arriscada. Especialistas consultados por Sara Morrison, da publicação acadêmica Columbia Journalism Review, quantificaram como “zero as chances da revista sobreviver, mesmo na internet”.
Pouco antes de jogar a toalha, a Newsweek impressa adotou uma estratégia editorial e comercial similar a da Veja, com capas espalhafatosas, provocativas e um claro menosprezo por algumas regras básicas do jornalismo. Não deu certo. Agora ela vai apostar em edições especiais sobre temas polêmicos e na realização de eventos…”
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é a “síndrome do sapo fervido” chegando à imprensa