A reação dos sindicatos dos docentes e dos servidores técnico-administrativos já está decidida, conforme notícia PUBLICADA na página da Sedufsm na internet: vão ingressar “com uma medida judicial contra a decisão do reitor da UFSM, professor Felipe Müller, que no final da tarde desta quinta, 12, anunciou através de uma nota publicada no site da instituição, que firmou o contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)”.
Os sindicalistas estão inconformados com a posição tomada por Müller, após a invasão da sala do Conselho Universitário (Consu), por manifestantes contrários à adesão à empresa pública gestora dos hospitais universitários. Para Rondon de Castro, professor da Faculdade de Comunicação e líder maior dos docentes, “a via judicial é o que caminho que resta diante de uma medida autoritária do reitor”.
Bueno, essa é a opinião da liderança dos manifestantes que invadiram o Conselho e que geraram a reação de Muller, como você leu AQUI no final da tarde passada. E a da Universidade? Confira no material produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social da instituição. A foto é de Italo Padilha. A seguir:
“Reitoria emite nota que define a contratação da EBSERH
Após interrupção da reunião desta quinta-feira (12), o reitor da Universidade Federal de Santa Maria-RS, Felipe Müller, firmou o contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Segundo trecho da nota emitida pelo reitor, a decisão foi tomada “a bem do interesse público e do dever social que me cabe como dirigente máximo da UFSM”.
A reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consu) desta quinta-feira (12) foi interrompida por manifestantes que reclamavam contra a votação da proposta de contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A reunião iniciou, às 14h30min, e terminou por volta das 16h, quando o grupo entrou na sala dos Conselhos, ocupando o local. O reitor Felipe Müller decidiu por encerrar a sessão.
Na Sala dos Conselhos, logo após o término da reunião, os movimentos sociais, estudantis e sindicais iniciaram uma plenária para planejar as próximas ações caso haja uma nova reunião para votar a proposta e também para avaliar a ação. Para o presidente da Sedufsm, Rondon de Castro, “a ocupação é a opinião pública se manifestando, já que o conselho não levou em consideração as manifestações no debate da proposta”. Segundo ele, a iniciativa de ocupar a sala foi tomada em conjunto com os outros movimentos no saguão do 9º andar da Reitoria (lugar onde fica a sala dos conselhos), não tendo nada planejado com antecedência…”
PARA CONFERIR A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
PARA LER A ÍNTEGRA DA NOTA ASSINADA POR FELIPE MÜLLER, CLIQUE AQUI.
Concordo com opinião de que só exaltam a coragem, mas não fazem análise da decisão…
Prof Jorge Cunha entende de marcas… e é atento nos pés alheios… podia dedicar tempo em ouvir argumentos antes de se fixar em marcas e chinelagens.
Sr. Jorge Cunha clareou as intenções do Sr. Rondon.Obrigado pela esclarecimento.
Pois, nada como um dia após o outro , pelo contexto dá para se perceber que o atual e logo, logo ex pró-reitor , ouvidor…confirma-se como um voraz usuário e conhecedor de marcas e grifes da vestimenta da “high society” burguesa, que se acastela nos andares da reitoria. Julgam-se supremos conhecedores, mas que no entanto não vêem( ou não querem) nada que esteja acima do seu umbigo. Certamente, para estes, o que vale mais são as aparências do que o conteúdo. Sera´que nem mesmos os mestres e doutores não conseguem ler nas entrelinhas de um contrato.
A militância fashion de Santa Maria e o idealismo alemão do séc. XIX. Fidel gosta de Adidas e Lacoste.
O objetivo da revolução é tirar a mais valia indevidamente apropriada da burguesia e entregar para a vanguarda do proletariado. E viva o Ad Hominem.
O correto seria dar as vagas para a universidade fazer concurso e aumentar o orçamento (e fazer trabalhar, óbvio). O governo centralizador foie gras do PT (é tudo goela abaixo) resolveu que era melhor criar uma empresa nova com diretoria, CC’, etc. Uma parte centralizada em BSB e outros “diretores” locais. Filiados ao partido que ganham funções gratificadas tem, pelo estatuto do partido, que “doar” uma porcentagem dos proventos para a agremiação. A única vantagem teórica é que são celetistas, não tem estabilidade. Fazem concurso e, com as novas regras previdenciárias do funcionalismo, não existem grandes diferenças.
Com o MP federal pressionando contra os contratos temporários, não existe saída. O governo não dá as vagas para o concurso; ou é feita a adesão, ou o hospital fica sem os servidores que precisa. E, óbvio, a autonomia da universidade fica prejudicada. Parte do orçamento e do pessoal têm administração externa. Junta-se isto com o ENEM, quotas (que a UFSM já tinha) e outras coisinhas e de grão em grão a Dilma engole as IFES.
Como não tenho ligação com a UFSM, é uma visão externa. Pode haver enganos.
Particularmente desconheço o que sejam as tais sandálias e de “estrangeiros”, além de um diretor da FASUBRA que estava aqui para participar de um smeinário – que se encerra hoje – vi alguns prefeitos e representantes do empresariado local e regional. Realmente estXs estavam elegantemente trajadXs. Por certo já sabiam que teriam motivos para comemorar: a aprovação de um contrato que era apresentado sem a sua totalidade ter sido apresentada para um conselho, de modo geral alheio à discussão sobre a EBSERH e todas as suas implicações.
Afinal, para que saibam, o contrato refere-se inúmeras vezes a anexos. Nestes anexos constam – ou deveriam constar – dados e referências sobre a situação, o patrimônio, a força de trabalho atuais e necessários para atingir determinadas metas de atendimento. Esta metas tb deveriam constar em anexos que, em verdade, definem a aplicação do contrato, afinal o contrato é padrão e idêntico ao que se está colocando para as universidades pelo Brasil. DETALHE: os anexos NÃO FORAM apresentados ao Conselho!
Isso por si só é motivo suficiente para questionar a corajosa decisão de assinar a entrega do HUSM às pressas e às escondidas, mas parece que isso não incomoda noa parte do CONSU. É natural assinar “contrato sem ler”?
O Prof. Rondon, não nos representa, representa no sindicato o partido que lidera, o que é legítimo. O que o referido professor não pode é nos tomar por idiotas, todos sabemos que entre os manifestantes, que não faziam nenhuma questão de esconder quem representavam pois além de suas camisetas com inscrições dos partidos a que pertencem (um uniforme vermelho, poderia ser azul também!), seus tenis nike, sandalias clock house (juro que vi quatro com elas!), bermudas adidas, camisetas lacoste, bem nutridos: – caracteristicas que provam que repousam sobre boas mesadas (familiares, sindicais e partidárias!), estavam militantes que vieram de Curitiba, Florianópolis, Pelotas, Porto Alegre… e vários deles não eram estudantes, servidores ou docentes. Que é isso! Quem viaja planeja! Sabe para o que viaja! Portanto Prof. Rondon, nem o Senhor pode acreditar que tudo foi ocasional, não planejado.
Tudo foi e continua sendo profundamente planejado e calculado segundo propostas religiosamente discutidas e refletidas.
O Sr. Rondon está lendo Friedrich Hegel e Max Weber! Um misto de “idealista” e “pragmático movido por interesse” de primeira linha. Admirável!
sinceramente: informações sobre constrangimentos envolvendo a tal empresa eu vi às pencas. o que ainda não vi foi a justificativa dos contrários. a empresa. com ressalvas a eventuais entrelinhas, não parece ter nada de abusivo quando propõe atrelar ao SUS os HUs. não sou contra o serviço público e jamais serei, mas servidor é humano e desses poucos conheço para considerar justas as regalias, e fica a questão:
CONTRA O QUE ESSES SERVIDORES PROTESTAM EXATAMENTE?