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CÂMARA. Governistas não atendem pedidos de 3 edis. Eles decidiram apoiar Werner e oposição leva o Poder

Troca de comando (e de placa) na Câmara de Vereadores: entra Rempel, sai Bisogno
Troca de comando (e de placa) na Câmara de Vereadores: entra Rempel, sai Bisogno

Parece cada vez mais claro, passadas algumas horas. Três vereadores governistas – Deili Granvile, Tavores Fernandes e Anita Costa Beber – apresentaram, em documento devidamente assinado (como você conferiu AQUI, no início da noite desta quinta), as suas reivindicações. Além de cargos, algumas coisas, digamos, simples – como o pedido de Fernandes para ser o representante da Câmara quando houvesse convite de solenidades das Forças Armadas.

Aparentemente (ainda há histórias a ser contadas, por certo) não receberam qualquer resposta. Resultado: foram, em bloco, para a chapa da oposição, garantindo os votos que levaram à zebra. Isto é, o governo, mesmo com 13 votos contra oito não teve competência política para manter-se no comando do Legislativo. Que, agora, será presidido pelo oposicionista Werner Rempel.

Para ter uma boa ideia do que aconteceu no Palacete da Vale Machado, confira o amplo material produzido pelo jornal A Razão e publicado na edição desta sexta-feira. A reportagem é de Gabriela Perufo, com fotos de Deivid Dutra. Acompanhe:

Oposição surpreende e Werner é o presidente

Petista Daniel Diniz festeja vitória da oposição, com Werner Rempel. Governistas foram decisivos
Petista Daniel Diniz festeja vitória da oposição, com Werner Rempel. Governistas foram decisivos

O vereador Werner Rempel (PPL), até então líder da oposição na Câmara, é o novo presidente do parlamento. Com 11 votos a chapa 1, formada pela oposição, ganhou a eleição da mesa diretora, na sessão plenária de ontem (quinta), última antes do recesso parlamentar.

Três vereadores da base aliada foram decisivos, nos 11 votos da oposição contra os 10 do governo: Anita Costa Beber (PR), Deili Granvile (PTB) e Tavores Fernandes (DEM), que participaram da chapa de oposição.

“Não éramos valorizados”, explica Anita. “Teve vereador, da base do governo, que chegou a dizer na minha cara, que eu não participava, que eu não era vereadora”, completa. “Nós vamos continuar atuando como base do prefeito, não viramos oposição. Nosso descontentamento não é com o Executivo, é aqui dentro da Câmara”, finaliza Anita. A vereadora comenta que a decisão de participar da chapa liderada por Werner é recente, mas há alguns dias os três comentam a possibilidade. “Alguns dias já comentávamos sobre nossos descontentamentos, e tomamos a decisão. Alguns vereadores chegaram a se reunir comigo, ou com a vereadora Deili, ou com o vereador Tavores”, finaliza.

Rempel afirma que a oposição lançaria chapa em qualquer cenário e reconhece que o voto dos três parlamentares de situação foram fundamentais para sua eleição. “A oposição precisava lançar uma chapa, nós tínhamos uma expectativa, mas não tínhamos muita esperança”, explica. “O que definiu a situação, pode ter começado com o desinteresse dos outros. Somos imensamente agradecidos aos vereadores que votaram conosco”, destaca o futuro presidente da Câmara.

Prioridades – Rempel ainda destacou duas que devem ser suas principais prioridades na presidência: a obra do novo prédio e a melhoria da TV Câmara. “Não podemos esquecer que temos um prédio parado, que precisa ser retomado. Os presidentes anteriores conduziram corretamente o problema e vamos trabalhar nisso. Outra meta é a melhoria da TV Câmara, que é o principal meio de comunicação do parlamento com a população. Daqui uns dias o tipo de equipamento utilizado aqui não será mais compatível com a forma de transmissão”, defende. Werner explica que a relação com o Executivo será “uma relação de respeito, e também de exigência de respeito”.

PMDB – o vereador João Kaus, que concorreu para a presidência pela chapa de situação, deu os parabéns para seu concorrente, na hora do resultado e classificou a atitude de Anita, Deili e Tavores como “uma situação constrangedora para a política municipal”. “Quebraram os acordos, se venderam por cargos. Isso é resultado da falta de união. Somos 13 vereadores de situação, isso não teria acontecido se fossemos mais unidos”, completa.

O presidente do PMDB, Aldo Fossá, que acompanhou a votação, também afirmou estar surpreso com o resultado. “Foi sim, uma certa surpresa. Tínhamos um plano de governo e três vereadores saíram deste plano. Foi falta de comprometimento da parte deles, e o PMDB vai repensar o que fazer daqui para frente, mas terá consequências”.

Acordo – Deili, Anita e Tavores, no dia 19 de dezembro  teriam assinado um acordo, no dia 19 de dezembro, junto com os demais membros da base do governo, sobre algumas questões “para firmarem apoio à eleição da mesa”, como consta no documento impresso e assinado pelos três. Entre os requisitos estava a distribuição de alguns cargos da mesa, a presença dos vereadores em representações da Câmara em eventos e a garantia de que o  ex-procurador da Câmara, Robson Zinn, exonerado no meio do ano não retornasse a exercer nenhum tipo de função no Legislativo. 

SITUAÇÃO COMPÕE MESA AO LADO DA OPOSIÇÃO

Três vereadores de situação vão integrar a mesa diretora da Câmara, ao lado dos vereadores de oposição: Ovídio Mayer (PTB) será o segundo vice-presidente, Manoel Badke (DEM) o primeiro secretário e Paulo Airton Denardin (PP) fica na suplência. Além de Werner Rempel (PPL) presidente, Deili Granvile (PTB) será primeira vice, o vereador Tavores Fernandes (DEM) o segundo secretário e o vereador Admar Pozzobom (PSDB) como segundo  suplente. O PT não faz parte da mesa, mas o petista Luciano Guerra foi indicado para ser líder da oposição.

As comissões permanentes serão definidas ao final do recesso legislativo, no ano que vem, ou caso o recesso seja levantado pelo prefeito Cezar Schirmer (PMDB), conforme Rempel. A maioria das bancadas definiram seus líderes, exceto o PMDB que deve aguardar uma indicação de Schirmer no retorno de suas férias.

Eleição – a disputa da mesa foi entre Werner e João Kaus (PMDB). A chapa da oposição foi inscrita com Deili de primeira vice, Daniel Diniz (PT) de segundo vice-presidente, João Chaves (PSDB) como primeiro secretário e Tavores como segundo secretário, além de Admar Pozzobom (PSDB) e Luiz Carlos Fort (PT) na suplência. Já a chapa de Kaus tinha os vereadores Sergio Cechin (PP) e Ovídio Mayer (PTB) como primeiro e segundo vice-presidentes, Manoel Badke (DEM) e Sandra Rebelato (PP) como primeiro e segundo secretários e Cezar Gehm (PMDB) e Paulo Airton Denardin (PP) como suplentes.”

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13 Comentários

  1. na minha humilde avaliação, que quase sempre desagrada, eu vejo uma atitude normal a dos três vereadores que mudaram de lado. Com certeza outros queriam fazer isso e não tiveram coragem, ou vocês acham que toda base governista está alegre e realizada com o que está acontecendo na cidade? No lugar deles eu mesma teria trocado de lado e mostrado minha indignação.

  2. @GEF
    “Da chinelagem à rasteirinha”. RsRsRs
    Não esqueça,GEF, que eles não estão ao acaso.
    Voce, tambem contribuiu para eles chegarem, onde estão rssrsrsrsr

  3. E o marido da Deili? Passou 1 ano inteiro pedindo emprego pro Schirmer, até que a própria exigiu? Aí foi nomeado adjunto da SDR e enfiado goela abaixo do Menna Barreto, do DEM, que tem o Tavores, que brigava com o Kaus na região da Santa Marta, e a Anita com suas três (eu disse Três!) noras empregadas na Prefeitura! Acho que vai ter gente procurando emprego nos classificados de sábado! Apesar de alguns estarem alardeando que o prefeito não vai fazer nada, aliás como é do seu estilo!! Ah, e a filha do Farret é empregada no gabinete da Anita!! Será que não é nepotismo cruzado reverso? kkkk só assim para descrever essas imoralidades.

  4. Rempel trabalha a candidatura ao prédio da SUCV.
    Há um cheiro de “vamos comprar um equipamento novo todo digital para a TV Câmara”.
    No mais, não dá para reclamar muito. Se estes vereadores são assim, imagine os que não conseguiram se eleger. Cargos, funções gratificadas, etc.
    Se alguém escrever a história do legislativo municipal, o subtítulo será “Da chinelagem à rasteirinha”. RsRsRs

  5. Se venderam bonito esses três hein… Com direito a contratinho e tudo…

    A Anita não é novidade – ta toda hora virando a casaca e é uma carguista de primeira.

    O Tavores não pode nem com ele – é o tipo de político vaidoso que sonhava com vereança e até agora só o que fez foi decepcionar: as vezes em que apareceu foram escandalos.

    Dr.ª Deili a grande decepção – botava muita fé nela, achava que era uma pessoa séria e ética…. Ainda bem que já mostrou a sua verdadeira face agora, que daí nem perco mais tempo a defendendo…

  6. A base do Prefeito, na Cãmara, estava acostumada com o doutorzinn articulando, empurrando goela abaixo as coisas.
    Para alguns, o resultado foi a Libertação.

  7. Parabens Ver. Werner gosto muito do seu trabalho. Mas não esquece de tomar cuidado com a nobre vereadora Anita, ela já aprontou ´para muitos.Teve resposta nas urnas mas por uma fatalidade voltou ao cenário politico, mas nao voltou pelas urnas.

  8. sim um presidente #a altura#, mais de 1,90m eu acho, e que troca de ´partido e favores como quem troca de roupa. ora me poupem, tudo farinha do mesmo saco.

  9. Agora Santa Maria tem um presidente a altura do Legislativo Municipal, muito boa sorte ao vereador Werner Rempel e sua equipe no comando da casa.

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