ECONOMIA. O alto custo das reservas internacionais
POR MAIQUEL ROSAURO
Está cada vez mais caro manter reservas internacionais para segurar o Dólar. Brasil deixa de ganhar R$ 65 bilhões por ano. Leia abaixo na matéria da Agência Brasil:
Reservas internacionais custam R$ 65 bilhões por ano
Apontadas como o principal fator que ajuda a segurar o dólar em torno de R$ 2,40, em um cenário em que moedas de países emergentes, como a Turquia e a Argentina, têm despencado nas últimas semanas, as reservas internacionais custam caro para o Brasil. Em média, o governo deixa de ganhar R$ 65 bilhões por ano com a manutenção das reservas em torno de US$ 375 bilhões.
De autoria do economista Reinaldo Gonçalves, professor titular de economia internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a estimativa considera dois fatores. O primeiro é o custo cambial, o que o país deixa de obter ao aplicar os recursos no exterior contra o que os estrangeiros obtêm aplicando no Brasil. O segundo é o custo fiscal, a diferença entre o custo médio da dívida pública brasileira e a remuneração internacional das reservas.
Na verdade, a manutenção das reservas não representa um gasto direto, mas sim o custo de oportunidade, aquilo que o governo deixou de conseguir ao usar os dólares que entraram no país nos últimos dez anos para engordar as reservas. Segundo Gonçalves, o custo cambial está estimado em R$ 16 bilhões por ano. Já o custo fiscal é ainda maior e atinge R$ 49 bilhões por ano.
Como os valores representam uma média de vários anos, Gonçalves adverte que atualmente o custo de manutenção das reservas está ainda maior. “Com o aumento dos juros no Brasil e a disparada do dólar desde meados no ano passado, o retorno dos investidores estrangeiros que aplicam no Brasil ficou ainda maior, o que aumenta ainda mais o custo de oportunidade”, explica o professor da UFRJ.
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Ou seja, as reservas internacionais são uma espécie de FGTS. Rende pouco.
Tesouro emite títulos da dívida que rendem SELIC. São comprados por estrangeiros. Reservas depositadas no exterior rendem menos que a SELIC. Pudesse utilizar o dnheiro lá de fora, o Brasil emitiria menos títulos e economizaria dinheiro.
Só que uns 250 bilhões de dólares são garantia da dívida externa que o Lula atochou que pagou. E o resto é usado para segurar a cotação do real. BC vende dólar. Que está em 2,4, mas sem a atuação governamental deveria estar perto dos 2,8. Se estivesse afetaria a inflação e a eleição.