É isso aí – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

A mente do sujeito é algo fantástico, no mínimo estranho, mas ainda assim genial, nada igual, incomparável. Eu tenho o hábito, às vezes até maluco, mas costumo olhar objetos, ler textos, ouvir alguma notícia, sempre (quase esquizofrênico) na tentativa de tirar dos meus olhares, das minhas leituras algo novo.

Uma das minhas tarefas é pensar no texto das terças-feiras, imaginar coisas que eu possa escrever, que os leitores possam gostar. Nas últimas semanas, já pensei de tudo um pouco. Pensei em escrever sobre o caso do Bozó, desisti! Muito já se falou (só se falou). Assuntos da Copa do Mundo? Confesso, sou extremamente otimista, mas começo a levar medo que façamos um fiasco histórico.

Poderia, quem sabe, escrever sobre os “heróis” do Big Brother, mas lembrei que o herói da semana foi o repórter da Rede Bandeirantes, que morreu diante de um protesto. Protesto?! Aqui outro tema, talvez já não se saiba mais o que se protesta, nem o porquê.

Nesta busca de assuntos, e são muitos, lembrei-me do tal beijo gay encenado na última novela da Rede Globo. Tamanha barbaridade! Enquanto o beijo, e qualquer outra atitude referente à sexualidade das pessoas, forem tratados como atração circense, não podemos dizer que é normal, natural. Poxa, é um beijo, independente de quem sejam os protagonistas, homens, mulheres, ainda assim um beijo. Vale tanto alarde? Vale, vale audiência, ainda que acreditem que isso faz parte de uma revolução sexual.

Para quem queria falar de tudo, talvez eu não tenha falado de nada. Aos moldes dos malucos, melhor cantar. Ao acaso – se é que existe – encontrei entre o título deste texto e a música homônima a conclusão para tudo isso. É isso aí, há quem acredite em milagres, há quem cometa maldades, há quem não saiba dizer a verdade… É isso aí, um vendedor de flores
ensinar seus filhos a escolher seus amores. É isso aí…

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

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