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"Ustashas: el ejército nazi de Perón y el Vaticano" – por Carlos Costabeber

Sempre me interessei por um assunto da 2ª Guerra Mundial: a fuga de CRIMINOSOS NAZISTAS para a ARGENTINA, no final do conflito. Só que, na última viagem a Buenos Aires, decidi procurar alguma bibliografia a respeito; e realmente lá existe um bom material sobre esse tema tão polêmico.

Mas um livro me chamou demais a atenção, por abordar não só a questão nazifascista no país vizinho, mas principalmente, de um poderoso grupo que esteve ao lado de Hitler na região dos Bálcãs: os USTASHAS.

Escrito pelo jornalista Ignacio Montes de Oca, é um relato riquíssimo em detalhes, evidenciando a qualidade de um longo trabalho de pesquisas. Realmente impressiona a quantidade de informações, referentes a essa relação entre a Igreja, Perón e os serviços de inteligência dos Estados Unidos e Inglaterra.

Segundo o autor, após a invasão alemã, foi delegado ao chefe da facção ultracatólica da Croácia, ANTE PAVELIC, a missão de eliminar a população judaica daquela região.

Pois Pavelic foi responsabilizado pelo MASSACRE DE UM MILHÃO de pessoas (judeus, sérvios, comunistas, homossexuais e ciganos), durante os quatro anos em que esteve sob a tutela dos nazistas. Ele foi o MAIOR ASSASSINO que conseguiu sobreviver à derrota, graças à forte proteção que recebeu. Suas ordens se resumiam a: “matar um terço, exilar um terço e converter ao catolicismo o outro terço (sérvios)”.

Assim, criou campos de concentração e de extermínio, conseguindo eliminar 95% dos judeus que viviam em seus territórios, num dos mais terríveis assassinatos em massa da história da humanidade.

O mesmo Pavelic, além de liderar 30.000 croatas que se refugiaram na Argentina, acabou sendo o chefe da segurança de Perón, e morreu em 1959 em Madrid, sob a proteção do ditador Francisco Franco.

Finda a guerra, Pavelic fugiu para a Áustria com seus seguidores e depois para a Itália, onde se beneficiou do encobrimento pelo Vaticano. Ele chegou a Roma em 1946 disfarçado de monge e com passaporte espanhol, antes de viajar para a Argentina.

Mas qual era o interesse de Perón em ajudar tantos criminosos da 2ª Guerra? Com a emissão de milhares de passaportes argentinos (que se tornaram artigo de luxo no câmbio negro), ele atingiu os seguintes objetivos;

1) Recuperar o prestigio junto aos Aliados, depois de apoiar as intenções nazistas de infiltrar-se na América Latina. A maneira foi abrigar esses “imigrantes”, já que os Aliados queriam preservá-los para uma nova guerra que viria: o comunismo soviético;

(2) Trazer pessoal qualificado, que havia trabalhado na indústria de guerra alemã. E realmente vieram técnicos e cientistas, que chegaram a produzir o 1º caça a jato da América Latina (um única unidade chegou a voar para deleite de Perón);

3) Como católico fervoroso, se tornou um forte aliado da Igreja, que também estava envolvida no trabalho de proteger essa gente (milhares se valeram de passaportes emitidos pelo Vaticano); e

4) Oferecer um lugar seguro para o ouro e riquezas roubados pelos alemães e seus aliados.

Em suas 300 páginas, o livro faz um relato minucioso de tudo o que ocorreu no pós-guerra, com os criminosos nazistas e com técnicos e cientistas que vieram se estabelecer na Argentina. E mostra, com detalhes surpreendentes, o envolvimento da Santa Sé em todo esse processo.

Confesso que o autor produziu um documento histórico de valor incomensurável, mostrando fatos inéditos e extremamente chocantes. Segundo ele, tudo foi acobertado numa trama diabólica, não permitindo que milhares de assassinos fossem levados aos bancos dos réus.

Pena que esse livro não tenha sido traduzido e vendido no Brasil, pois certamente se tornaria um grande bestseller. Mas sugiro que pesquisem no Google sobre quem foi Ante Pavelic, e os crimes de guerra por ele cometidos.

Aterrador!

 

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