Crescimento, crescimento, não há. Mas também retração é inexistente, menos que o traço do traço. Basta pegar os números mais recentes do Registro Nacional de Veículos Automotores, o Renavam, divulgados nesta segunda-feira. Foram comercializados (e emplacados) em Santa Maria, no período de janeiro a maio deste ano, exatos 2.431 carros (automóveis e comerciais leves) “zero quilômetro”.
Esse número só perde para igual período de 2013 por quatro unidades. Então, foram emplacados 2.435. O otimismo aumenta, nas concessionárias, se a comparação for mês a mês. Em maio deste ano, foram 513 novos. Em 2013, 502. Tão ligeiramente superior quanto foi inferior o desempenho dos primeiros cinco meses. Mais ou menos a mesma coisa aconteceu entre abril e maio deste ano. O crescimento, em um mês, foi de 5%: 486 comercializados em abril, 513 em maio.
que significa isso, objetivamente? Que este setor da economia, definitivamente, não é objeto de pessimismo. Há muito a ver, claro, e isso tem sido enfatizado por quem entende do mercado de automóveis, com a peculiaridade de Santa Maria – em que a grande quantidade de servidores públicos, de todas as esferas, lhe confere a condição de cidade da “renda certa”. O que permite programar gastos com maior facilidade. Some-se a isso o índice de juros (baixo) praticado pelo setor, e quem sabe um estoque proveniente de outros estados, e se tem a receita da, no mínimo, estabilidade por que passa o setor automotivo.
EM TEMPO: nas imagens que ilustram esta nota você tem o desempenho do setor nos cinco primeiros meses deste ano, e também o relativo ao mês de maio, inclusive por concessionária.
Único problema é que Santa Maria não é uma ilha. Não é todo mundo que troca de carro todo ano, esta situação não se sustenta. E mesmo que o juro seja baixo, o período do financiamento é de que tamanho, 60 meses? E se vem outra "marola" e aumenta o desemprego, o que acontece?