O meu amigo Athos Ronaldo Miralha da Cunha é um dos muitos bons cronistas de uma Santa Maria de bons cronistas. Ele é colorado. Como é Moisés Mendes, de Zero Hora. E são de ambos os melhores textos que li, porque escritos com a emoção que o tema (triste, muito triste) requer, dosada com a qualidade e sobriedade necessárias, sobre a morte de Fernandão, o craque da história colorada.
Vale, seja você torcedor do Inter ou não (como é meu caso), ler o que escreve o Athos, no seu BLOGUE “Que mal lhe pergunte”. Ninguém, em Santa Maria, na minha nem sempre modesta opinião, soube retratar tão bem o sentimento de perda, que atinge a todos. A seguir:
“No mesmo dia em que a torcida do Internacional faz uma calorosa recepção para o melhor jogador da copa 2010 – o craque Diego Forlán – leio a notícia no jornal que outro craque – Gabriel García Márquez – não vai mais escrever.”
Esse é o primeiro parágrafo da crônica que escrevi no dia 07.07.2012, dia em que Forlán desembarcava em Porto Alegre e Gabo não escreveria mais. “Si se calla el escritor” é o título da crônica. Para quem gosta de futebol é colorado e amante dos livros foi um sábado marcado, dialeticamente, como triste e alegre.
Mas não imaginávamos que outro sábado poderia ser mais triste, mais lúgubre e mais silencioso em nossos corações. Os colorados estão arrasados em busca de muitos porquês. Se o dia 17.12.2006 foi o ápice de nossa alegria com o capitão levantando a taça de campeão do mundo, o dia 07.06.2014 foi o fundo de nossa tristeza.
Os jovens torcedores colorados de hoje veem em Fernandão com os mesmos olhos e com a mesma idolatria que nós olhávamos Figueroa, Falcão e Valdomiro e toda aquela máquina dos anos 70. Fernandão deixa um vazio nos gramados e um latifúndio de admiradores. Aquelas mãos que levantaram tantas taças deixam um troféu sólido que não se…”
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