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HISTÓRIA. Há um traço marcante de autoritarismo na nossa sociedade, diz professor, em análise sobre 1964

Fico: o golpe foi civil/militar. Igreja, empresários e mídia ajudaram na derrubada da democracia
Fico: o golpe foi civil/militar. Igreja, empresários e mídia ajudaram na derrubada da democracia

Na última quinta-feira esteve em Santa Maria o professor Carlos Fico, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro e que, há pouco, publicou o libro “Golpe de 1964, momentos decisivos”. Fico fez uma conferência a convite do curso de Pós-Graduação em História.

O tema, obviamente, foi 1964. Mas não apenas isso, senão que uma análise também contemplando o “hoje” da vida brasileira. A propósito do que ele falou, vale conferir o material originalmente publicado na página da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. O texto e a foto são de Fritz R. Nunes. Acompanhe:

Medo ajuda a explicar golpe de 64, afirma historiador

…O medo explicaria o golpe de 1964, que derrubou o governo constitucionalmente eleito de João Goulart, o Jango. O medo de perder privilégios, o temor de uma elite social de pagar a conta em função das injustiças sociais seculares existentes no país. E essa temeridade pelos avanços dos excluídos para um sistema que os inclua socialmente ainda seria uma marca atual da sociedade brasileira. A reflexão é de Carlos Fico, professor de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador da Capes, e que lançou recentemente o livro “Golpe de 1964, momentos decisivos”. Ele participou de uma conferência na UFSM, …a convite do Programa de Pós-graduação em História da instituição.

Para o historiador, que compartilha do conceito de que o golpe foi civil militar, é preciso superar a visão de que a sociedade brasileira foi vítima em todo esse processo e de que o ocorrido em 1º de abril de 1964 foi um ato inaugural. No entendimento de Fico, está claro após os historiadores terem se debruçado sobre a documentação do período, que o golpe é civil militar porque setores importantes da sociedade, além dos militares, como empresários, igreja e imprensa, ajudaram a engendrar a derrubada de Jango. E não é inaugural porque ele já vinha sendo construído há bastante tempo, como bem demonstra a tentativa de evitar que Jango assumisse, em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros.

Carlos Fico compara esse discurso de que apenas os militares deram o golpe, que foram os algozes da maioria da população, a outras situações que ocorrem em “eventos traumáticos”, qualificando essa postura como uma tentativa de construir…”

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