ELEIÇÕES. Afinal, Ana Amélia e Lasier integram o “Partido da RBS”? Ou é só ilusão e diversionismo?
Fatos.
Ana Amélia Lemos, candidata do PP ao Governo do Estado, fez sua história por atuar na RBS. Suas opiniões conservadoras (calma, gente, não é crime ser conservador) e ligadas ao agronegócio pautaram a atuação, da mesma forma que sua clara identificação com o regime militar.
Lasier Martins, candidato do PDT ao Senado, que teve atuação também no antigo e hoje extinto grupo Caldas Júnior, tornou-se ícone da comunicação no Rio Grande através da RBS – onde suas opiniões conservadoras (de novo, calma, gente, não é crime ser conservador) e nitidamente antiesquerda (embora agora se diga brizolista por conta de sua família) o transformaram em representante de um segmento bem identificado com o privatismo e o antiestatismo, digamos assim.
Agora, a questão política.
Seus nomes, gostem ou não, eles e a RBS, sempre foram identificados com o maior grupo de mídia do Estado. Significa que representam os interesses da empresa (quase) monopolista? As duas partes dizem que não. O difícil, porém, é convencer boa parte da população gaúcha, inclusive porque os partidos que sempre sofreram nas mãos da RBS fazem questão de divulgar essa ligação. Até também porque se recusam a falar sobre o relacionamento de ambos com a mídia. Diversionismo? Ilusão?
No mínimo, no mínimo, se trata de questão polêmica e que vem à tona, inevitavelmente, no pleito deste ano. Vai daí que é muito interessante ler material originalmente publicado no portal RBA, que dedicou importante e extenso espaço ao assunto, através da reportagem assinada por Igor Natusch. As fotos são de Divulgação. Vale conferir, a seguir, um trecho:
“Novos na política, porém conhecidos, rostos da RBS despertam polêmica no RS…
… Polarizada como de hábito, a eleição no Rio Grande do Sul traz uma oposição de ideários políticos que acaba encontrando reflexo no maior grupo de comunicação do estado. Acusada repetidas vezes por integrantes da esquerda de atuar como um partido político, a RBS foi à casa de vários jornalistas que agora concorrem a cargos eletivos na votação de 5 de outubro.
Ana Amélia Lemos (PP), que concorre a governadora, e Lasier Martins (PDT), que busca o Senado, são os dois nomes mais fortes ligados a essa realidade. Ambos foram funcionários do grupo durante décadas e chegaram a ser colegas no Jornal do Almoço, programa da RBS TV líder de audiência no estado. Além disso, os dois adotam um discurso semelhante, que se pretende acima das diferenças ideológicas, e investem em conceitos como enxugamento da máquina pública e combate ao desperdício – sem muito interesse em temas mais próximos da realidade jornalística, como a democratização da mídia.
Em entrevista publicada na Carta Capital no final de agosto, o candidato à reeleição Tarso Genro (PT) afirmou que os grupos de mídia são os novos partidos políticos do conservadorismo. “Ali se condensa um grupo de relações políticas, de pautas, de interesses econômicos, de visão da globalização e de distribuição dos interesses do capital financeiro que fazem a pauta da nação. Isso se reflete aqui no estado”, disse Tarso. Para o petista, há “uma marcada sensação política no estado de que agora, com esses dois candidatos, eles querem ocupar o estado diretamente, e não mais por terceiros”, defendendo uma agenda favorável ao Estado mínimo e de amplos benefícios a grupos empresariais.
Lasier Martins, em entrevista publicada no site Sul21, nega as insinuações e se diz “chateado” com quem o acusa de ser “candidato da RBS”. “Decidi deixar a comunicação por indignação, por vontade de atuar na política e porque não via grandes resultados apenas na crítica”, aponta Lasier. “Não tem nada a ver com meu histórico de ter sido um profissional de imprensa. Uma vez rompido o meu contrato, eu não tenho obrigação nenhuma, eu não devo nada para a RBS.”
Também falando à Carta Capital, Ana Amélia Lemos posicionou-se de forma semelhante. “Os eleitores gaúchos não votaram na RBS, votaram na Ana Amélia (para o Senado). O Tarso sabe disso, mas ele não quer aceitar”, afirma. “É uma empresa que pagou meus salários sempre, sempre em dia. Pagou o que me devia, me indenizou quando eu sai depois de 33 anos. Uma grande empresa, mas eu não tenho nada a ver com a RBS…”
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"Criminoso é como se conduz a gestão de muitas empresas públicas por ai.."
Fundamente à denuncia, para Policia Federal.
Faltou citar a Yeda Cruzius, disparado o pior governo que este Estado já viu. Também foi funcionária da RBS.
"o transformaram em representante de um segmento bem identificado com o privatismo e o antiestatismo, digamos assim."
E aí, qual é o crime nisto? Criminoso é como se conduz a gestão de muitas empresas públicas por ai…
"Aliás, a Carta Capital apoia abertamente a candidatura Dilma, fez isto em editorial"
Alias como fazem todos os Jornais Norte-americanos,definem posição em editorial.
Ganha à democracia.
Será que,se for verdade que fazem parte do partido rbs,devemos então votar no Tarso e no fanfarrão comunista Olivio?
Tarso, o intelectual. Bueno, é uma baita de uma cascata. Mas é útil, como falar mal da Veja e falar bem da Carta Capital. Ajuda a identificar os petistas que não assumem a condição para ajudar o partido "de fora". Aliás, a Carta Capital apoia abertamente a candidatura Dilma, fez isto em editorial.
Da coligação que tenta reeleger faz parte o PTB. Um dos principais caciques do PTB é Ségio Zambiasi. Zambiasi É funcionário da rádio Farroupilha. Radio Farroupilha é do grupo RBS.