As lições das urnas – por Daniel Arruda Coronel
As últimas eleições para presidente e para governador do estado do Rio Grande do Sul (RS) deixaram várias e importantes lições para os nossos governantes, que, se assimiladas, teremos um país e um estado mais prósperos.
A disputa presidencial deste ano foi a mais disputada, desde 1989, com fortes críticas e a tentativa de desconstrução dos adversários por ambos os candidatos. No entanto, passada a eleição, algumas questões merecem destaque: desde 2002, embora o PT venha ganhando as eleições presidenciais, observa-se a diminuição de sua votação. Uma das razões é que a sociedade, embora reconheça os avanços sociais, quer mudanças na política econômica, ou seja, as reformas tributárias, previdenciárias e política são urgentes. O povo deixou claro que não compactua com o mau uso do erário público e quer que a presidenta tenha no seu estafe pessoas competentes e técnicas e que sejam também éticas e honradas.
Aqui no RS, os gaúchos deixaram claro, mais uma vez, que são contra a reeleição. Há quatro anos, Tarso Genro teve uma vitória histórica, tendo sido eleito no primeiro turno e com grandes expectativas. No entanto, seu governo não foi bem avaliado pela ampla maioria da população, visto que teve a pior derrota em segundo turno da história do estado, ou seja, foi do céu ao inferno em quatro anos. Contribuiu significativamente para isso: a capacidade de o governo reconhecer que não fez um bom governo, embora tivesse avançado em vários pontos; o não pagamento do piso salarial para os professores estaduais, mesmo tendo, durante a campanha, deblaterado n vezes que os professores tiveram o maior aumento da história, sabe-se que a promessa não foi cumprida em sua essência; e a incapacidade de o governo melhorar as condições de saúde, educação e habitação da população gaúcha.
Enfim, passada as eleições, cabe à sociedade torcer para que os governantes façam uma gestão que contribua para a redução das desigualdades sociais, para melhores níveis de educação, habitação e saúde. Independente de quem cada cidadão tenha votado, os eleitos foram legitimados pela maioria da sociedade, portanto, cabe a todos respeitar a decisão soberana da população, pois não é com manifestações golpistas e clientelistas que se constrói um país e um estado melhor, mas sim respeitando as decisões soberanas das urnas.
Aos governantes ficam as lições das urnas, ou seja, que a sociedade quer e exige mudanças e que ninguém foi eleito com um cheque em branco para fazer o que julgar melhor, pois daqui a quatro anos a sociedade exigirá a prestação de contas do que foi feito. Só assim teremos um país e um estado mais fraternos e soberanos.
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