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Santa Maria, 14 de novembro de 2014 – por Márcio Grings

E aí, meu! O negócio é o seguinte, escuta aí:

Muitos trovões e nuvens carregadas, mas nada de chover na nossa horta. Tanto calor e um bronzeamento ridículo. Pode acreditar – a pele não doura, só fica vermelha. Alemão, sabe como é (…). Muita dramatização e um conteúdo ridículo rolando por aí. Tantos doces e os salgados não foram convidados para essa droga de festa. Uma dança deliberada e cadê a tal coreografia ou o jogo cênico daquilo que vemos no palco?

Pra onde vão os nossos dias?

Muita gasolina no tanque e uma merreca de quilômetros rodados. Tanta zoeira pra um resultado insuficiente. Muitos sonhos e nenhuma realização concreta ou palpável. Um esforço dos diabos pra conseguir acordar os Deuses da justiça, e daí você se pergunta: Onde eles estão? Devem estar dormindo ou ocupados em assinar toda aquela papelada que não vai resolver NADA. Nada de nada. Vai por mim…

Afinal, que raio de mundo é esse aonde vivemos?

Muito blá-blá-blá e merda alguma para celebrarmos. Tanto dinheiro gasto e quando batemos na rapa do tacho a panela descasca. Era tudo enganação. Muito discurso pronto e decorado e uma absoluta ausência do espírito da verdade. Tanta técnica e pouquíssimo senso artístico. Muitas cores transbordando pela tela e um abandono insensato do minimalismo. Um bocado de sombra e pouca luz. Ou muita luz e pouca sombra. Nenhuma coisa nem outra.

Onde está o equilíbrio disso tudo?

Tanto sangue circulando a mil por hora pelas veias e o organismo bate pino não entendendo o porquê de tanta euforia. Muita bagagem acumulada por anos e anos e ninguém tá a fim de escutar o ancião que versa no alto da montanha. Tantas flores e ervas soltando seus aromas pelo pátio e nenhum nariz disposto a apreciar as fragrâncias. Muitos PCs e smartphones conectados 24 horas por dia e milhões de livros enclausurados nos sótãos e estantes.

O que poderemos esperar desse modus operandi?

Tanto desinteresse e uma porrada de desperdício. Muitas sementes plantadas e uma colheita destinada aos urubus. Tanta conversa fiada e atitudes práticas nulas. Muitos fogos de artifício estocados no paiol e todos os palitos de fósforo mofaram. Sonhei que o Velho Neil tinha morrido e entrado pro cast do céu dos artistas e dos homens de bem. “Os armários estão vazios, mas as ruas e avenidas foram pavimentadas com ouro”.

Vou te dizer: muito barulho por nada.

Vejo o sol invadindo a janela do quarto depois de um dia úmido que parecia não ter mais fim. É engraçado como a umidade não tem forças pra lutar contra essa luz natural que vem lá de cima. Por isso, eu ainda acho que no final das contas, tudo vai dar certo.

Depois de tanto otimismo, só posso te desejar um ótimo dia. Até mais, Mister!

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