“…Nilton Cerqueira disse ter apenas uma pergunta: “sou eu, que cumpri a lei, que violei os direitos humanos? E os terroristas? São o quê? Inclusive a terrorista que é presidente do país?”
Segundo o general Nilton Cerqueira ele estava apenas cumprindo a lei, cumprindo seu dever; enquanto a atual presidenta Dilma Rousseff que na época lutava contra a ditadura militar estava desobedecendo à lei. Para ele obedecer à lei é o mesmo que ser justo. Por isso, segundo ele, sua conduta é justa enquanto a da atual presidenta (na época era uma das líderes de uma organização chamada Vanguarda Armada Revolucionária) seria moralmente reprovável.
Dentro de uma perspectiva kantiana, a presidenta apesar de ter agido na ilegalidade defendia uma causa justa. E os militares apesar de agirem na legalidade, agiam de modo injusto. Injusto porque sua…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Justiça ou revanchismo?”, de Liliana Souza de Oliveira – que escreve semanalmente, as terças-feiras. Ela é graduada e Mestre em Filosofia pela UFSM. Atualmente doutoranda em Educação na mesma Universidade e professora de Filosofia do Instituto Federal Farroupilha/Campus São Vicente do Sul.
Gracias. Partindo-se daí é possível brincar um pouquinho e fazer uma ligação com Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém, a banalidade do mal e o burocrata que abdica de pensar.
GEF, a autonomia do agir é condição necessaria para falarmos de ética e de justiça. Autonomia que está intimamente ligada à maioridade. Entenda-Se aqui maioridade como a capacidade de pensar por conta própria. Somente aquele que for capaz de pensar por si pode responder pelo que faz. Mais uma diferença entre legalidade e moralidade. A legalidade está ligada à menoridade e a moralidade está relacionada à maioridade. Que tenhamos coragem de pensar por nós!
Imperativo categórico de Kant. A autonomia não interessa porque não serve.