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Estudantes brasileiros lideram indisciplina em aula – por Carlos Costabeber

Estudioso da matéria, fiquei impressionado com a manchete de capa do jornal Valor Econômico da última 5ª. feira: “Brasileiro lidera indisciplina na aula”. Isso me deixou tão chocado, que decidi resumir nesse espaço o relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sobre ensino e aprendizagem. Afinal, o desenvolvimento econômico de um país, está intimamente associada à qualidade do ensino, à perda de tempo na instrução e oportunidade de aprendizado.

Entre os 34 países que participaram desse estudo desenvolvido entre 2008 e 2013, “são os professores do Brasil que dizem gastar a maior proporção do tempo, tentando manter a ordem na classe: 20% em 2013”.

“60% dos professores do 1º. Ciclo no Brasil, apontam que mais de 10% dos estudantes tem problemas de mau comportamento. A indisciplina é generalizada”.

“Além das interrupções de aulas pelos estudantes, há outras fontes de perda de tempo para aprendizado, como tarefas administrativas; e nesse caso o Brasil também aparece como campeão. A pesquisa mostra que é de 33%, na média, o tempo de não instrução relatado pelos professores”.

“Uma carência de professores e escolas resulta em classes superlotadas, com impacto negativo no uso do tempo na sala de aula (a nossa média é de 30 alunos por classe, podendo chegar até 50). Somente no Brasil o tamanho da classe é associada a problemas de comportamento de estudantes. O absenteísmo de professores também reduz o tempo de instrução e ocorre entre 18% e 21% do ciclo primário, pelo menos uma vez por semana”.

“A pesquisa mostra que estudantes brasileiros pareciam algumas vezes visivelmente entediados na classe ou completamente desestimulados. Uma possivel razão para esse resultado é a falta de planificação das aulas, o que pode ser causada pela ausência de qualificação ou de tempo. Eles gastam muito tempo copiando instruções do quadro-negro. Professores usavam atividades já preparadas somente em algumas escolas brasileiras”.

“Diante da falta de atratividade para ser professor, ainda é comum se encontrar profissionais que não completaram seus cursos, não receberam treinamentos para o que ensinam, ou não tem formação continua”.

Como os leitores podem ver, a QUALIDADE DO NOSSO ENSINO É PREOCUPANTE. e a distância que nos separa dos países desenvolvidos cresce a cada dia, comprometendo o desenvolvimento do país. Reportagens recentes do Jornal Nacional, tem mostrado o descaso com o ensino público pelas autoridades brasileiras.

Por isso deixo um recado, como pai, professor e empresário: OS PAIS TÊM RESPONSABILIDADE DIRETA NO APRENDIZADO DOS SEUS FILHOS. Não basta entregar todo esse compromisso somente nas costas dos professores. Acredito que os melhores alunos, são aqueles que são acompanhados de perto pelos pais. Quem não fizer esse dever de casa, se arrependerá no futuro.

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