Olha aí um bom exercício para mostrar que não existe, é apenas um mito inventado pela mídia, a tal de IMPARCIALIDADE. Tivemos, no final da noite de ontem, com quase três meses de atraso, a aprovação, pelo Congresso, do Orçamento Geral da União para este ano. Você pode apanhar qualquer dado da lei, a ser ainda sancionada pela presidente, e destacá-la. É escolher e manchetear.
No caso de Santa Maria, e de muitas outras comunas do País, um dado importante é que as universidades públicas poderão enfim, por mais que venha aí um novo contingenciamento, ter mais fôlego para ser geridas, inclusive com o reinício de obras paradas. Acaba o tal 1/18 avos, e volta o 1/12 normal. E, pelo menos em tese, se vai o rigor excessivo do momento, em que um terço do troco não pode ser usado.
Pois é. Isso se trata de boa notícia, ninguém duvida. Mas, curiosamente, o dado do Orçamento que se preferiu enfatizar foi outro. Não está errado. Mas poderia ser outro. Quer saber qual o que a mídia “imparcial” optou? Este, que você confere no material produzido e distribuído pela Agência Brasil. A reportagem é de Karine Mello, com foto de Arquivo. A seguir:
“Orçamento triplica Fundo Partidário em 2015
Com atraso de três meses, governo e oposição fecharam acordo e o Orçamento Geral da União 2015 foi votado na noite de ontem (terça, 17). O projeto abre caminho para a equipe econômica anunciar nos próximos dias o que será contingenciado, ou seja, o que não será executado imediatamente. A medida é tomada anualmente para sinalizar que a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) será cumprida. A expectativa é que o valor congelado possa ser de até R$ 80 bilhões.
Este ano, sob a justificativa do relator da proposta, senador Romero Jucá (PMDB–RR), de fazer um teste para o financiamento público de campanha, o Congresso triplicou a verba para o Fundo Partidário, prevista no Orçamento da União. O valor, dividido proporcionalmente de acordo com o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados, passou de R$ 289,56 milhões para R$ 867,56 milhões. Com isso, a peça orçamentária teve um acréscimo de quase R$ 13 bilhões.
O orçamento aprovado para 2015 foi R$ 2,982 trilhões. Na distribuição também estão previstos R$ 3,9 bilhões para compensar perdas da chamada Lei Kandir, R$ 1,5 bilhão para o programa Minha Casa, Minha Vida, além de mais R$ 3 bilhões para ações de saúde.
Entre as despesas em vigor, além do salário mínimo de R$ 788, está uma verba de R$ 800 milhões para os reajustes dos salários de autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário. Este ano, o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal subiu para R$ 33,8 mil. O valor tem efeito cascata, que também é o teto constitucional do funcionalismo público federal…”
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O aumento do fundo partidário mostra que o financiamento não pode ser exclusivamente público. O custo das eleições vai ser o que eles quiserem gastar.
Triplicaram para aumentar um pouco, ainda que seja contigenciado. E para compensar as "perdas".