O reitor da UFSM e vários de seus assessores receberam uma comitiva representando os 31 indígenas que estudam na instituição – além de boa parte deles próprios. No encontro, uma série de reivindicações foi apresentada, sobressaindo-se, entre elas, a existência de uma “Casa do Estudante Indígena”.
Mas há outras questões – entre as quais a criação de núcleo de ações afirmativas voltado aos estudantes indígenas e a elaboração de um programa de matrícula específico – tratadas na reunião ocorrida na última quinta-feira, como você pode conferir no material produzido e distribuído pela Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM. A seguir:
“Lideranças indígenas apresentam reivindicações para a reitoria da UFSM
Caciques de quatro comunidades indígenas, localizadas em diferentes cidades gaúchas, estiveram na UFSM na quinta-feira (26) para apresentar à reitoria uma série de reivindicações relacionadas a dificuldades enfrentadas pelos alunos índios da universidade. As demandas foram reunidas em um documento que foi entregue ao reitor Paulo Burmann, durante encontro que aconteceu à tarde no Salão Imembuí. Da reunião participou também a maioria dos 31 estudantes indígenas da UFSM, aos quais as reivindicações dizem respeito. Para ouvir as exigências, também estiveram presentes o vice-reitor Paulo Bayard e diversos pró-reitores.
Uma das principais demandas apresentadas pelos caciques é a construção da Casa do Estudante Indígena. O projeto da casa começou a ser elaborado no final do ano passado em conjunto com os alunos índios, os quais apresentaram à Administração Central as suas necessidades específicas de moradia, condizentes com a sua cultura e costumes. Antes de responder à reivindicação, o reitor reconheceu que as condições proporcionadas pela UFSM aos estudantes indígenas ainda não são as ideais.
“Nós temos tido um carinho todo especial (com os alunos indígenas), embora ainda insuficiente”, disse Burmann.
Ainda que reafirme o compromisso com o projeto da Casa do Estudante Indígena, o reitor ponderou que o atendimento desta e de outras reivindicações apresentadas depende da liberação de dinheiro pelo governo federal.
Se em condições normais a obtenção de recursos não é uma tarefa fácil, a expectativa piora devido à difícil situação política e econômica pela qual o país passa no momento. Quanto a este assunto, Burmann fez uma breve exposição sobre os aspectos que tangem à UFSM. Ele ressaltou que as universidades federais estão sendo afetadas diretamente por esta situação, que resultou em um corte de aproximadamente um terço do seu orçamento.
Mesmo assim, Burmann se diz “confiante e otimista” com o projeto da Casa do Estudante Indígena e, na medida do possível, com o atendimento das outras demandas. Ao mesmo, no estilo pés no chão, o reitor diz que “não devemos sonhar com uma superestrutura…”
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Questão delicada. Seria de bom alvitre consultar o MP federal pare evitar dores de cabeça futuras.