Embora o prejuízo estimado em até R$ 19 bilhões, ou seis vezes mais que o apurado pela “Lava Jato”, a Operação Zelotes, que investiga evasão fiscal, através do pagamento de propina que reduz as multas a grandes empresas nacionais, é divulgada apenas discretamente pela mídia nacional.
No entanto, esse megaesquema de fraude, que inclusive tem grandes empresas gaúchas sob suspeita e investigação (Grupo RBS e Gerdau entre eles) será agora acompanhado de perto pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados. O requerimento nesse sentido, aprovado pelo Colegiado, é do santa-mariense Paulo Pimenta, principal fonte do material originalmente no jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Marco Weissheimer, com foto da Agência Câmara de Notícias. A seguir:
“Câmara vai acompanhar investigações da Operação Zelotes
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (8), requerimento do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) propondo a criação de uma subcomissão para acompanhar o andamento das investigações da Operação Zelotes da Polícia Federal. Ao justificar a proposta, Paulo Pimenta disse que, assim como o episódio do SwissLeaks HSBC, a Zelotes é uma oportunidade para o parlamento brasileiro oferecer à sociedade respostas para o aperfeiçoamento jurídico da administração de recursos fiscais. Na avaliação do parlamentar, que classificou a atuação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) como uma “máfia de venda de decisões”, a própria existência do órgão deve ser revista a partir do resultado das investigações da Zelotes.
Segundo informações da Polícia Federal, a Operação Zelotes já identificou um prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$ 6 bilhões, valor três vezes superior ao envolvido na Operação Lava-Jato. No entanto, de acordo com as investigações, o esquema de sonegação fiscal pode envolver um prejuízo de R$ 19 bilhões para o Estado Brasileiro. “Esse escândalo bilionário”, assinalou Paulo Pimenta, “derruba um conjunto de certezas e convicções que, até então, a sociedade tinha sobre a isenção da análise de algo tão importante que é o sistema de cobrança de impostos”. “É deplorável que membros do CARF tenham transformado o trabalho responsável de fiscalização da Receita Federal, de auditores, em um esquema de venda de pareceres”, acrescentou.
O deputado petista destacou que esse caso expõe a hipocrisia de setores privilegiados e de grandes grupos econômicos que há décadas atuam como agentes ativos de esquemas de corrupção no País. “São confrarias que sempre contaram com a cobertura de um sistema de proteção para que essas denúncias nunca fossem reveladas. Somente nos últimos anos, com a autonomia da Polícia Federal, Ministério Público Federal, demais autoridades investigativas e o protagonismo das redes sociais, é que esses esquemas bilionários de corrupção vieram ao conhecimento da sociedade brasileira”, disse ainda Pimenta. O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) informou que só aguarda a indicação dos nomes para instalar a subcomissão, o que deve ocorrer na próxima semana…”
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PT precisa de somatotropina. Escrevi somatotropina, não outra coisa. Parar de justificar os próprios erros com os erros dos outros.
Na zelotes a relação é entre Estado e grandes empresas. Aparentemente trata-se de evasão fiscal.
Na lava a jato a relação é entre políticos, Petrobrás (empresa de economia mista, portanto patrimônio público) e grandes empresas. Por enquanto os números "estimados" da zelotes podem ser maiores, mas a lava a jato tem nova fase uma vez por mês. Agora está indo para a CEF e ministério da saúde, conforme noticiado pela imprensa. E pelo jeito não vai parar por aí.