Foi dia de junção de governadores em Brasília, esta quarta-feira. Para alguns, uma provocação a Dilma Rousseff, do atual (não se sabe se futuro) desafeto Renan Calheiros, presidente do Senado e do Congresso. E que chamou os comandantes estaduais para discutir o “Pacto Federativo” – o que quer que isso signifique, para além do óbio.
Para outros, uma oportunidade de ratificar a necessidade da redução do percentual da dívida com a União e que sufoca as finanças dos Estados, obrigando-os a ir, sempre, a Brasília, com o pires na mão, em busca de caraminguás necessários ao cumprimento de metas impossíveis de alcançar sozinho.
Dado o contexto, é preciso realçar a presença do governador gaúcho, José Ivo Sartori, entre os participantes do conclave. E, do ponto de vista do Palácio Piratini, conferir o materia produzido e distribuído pela assessoria de imprensa do Governo do Estado e que, curiosamente, não citou o nome do anfitrião. O texto é de Gabriela Alcântara, com foto de Luiz Chaves. A seguir:
“Sartori reforça em Brasília necessidade de redução do percentual da dívida com a União
Em reunião de governadores, nesta quarta-feira (20), em Brasília, o chefe do Executivo gaúcho, José Ivo Sartori, reiterou a necessidade de redução do percentual da dívida dos estados com a União para que sobrem mais recursos a serem investidos nos serviços básicos à população e no desenvolvimento local.
“Estamos fazendo nossos ajustes, mas precisamos da ajuda da União. A mudança fundamental para a maioria dos estados brasileiros é a questão da dívida pública. O Rio Grande do Sul, hoje, compromete 13% da Receita Corrente Líquida com o pagamento da dívida. Se fossem 9%, seria diferente”, afirmou o governador. “É preciso ter muito cuidado com os projetos em tramitação no Congresso. A maioria deles vai retirar dos estados perto de R$ 100 bilhões.”
Sartori, que falou em nome dos governadores do RS, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul – estados que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), do qual é o presidente -, abriu o encontro saudando o debate sobre o pacto federativo brasileiro, tema da reunião. Atualmente, do total da arrecadação de impostos no Rio Grande do Sul, 57,4% vão para o governo federal, 24,3% ficam no RS e 18,3% são destinados aos municípios.
“Todos nós conhecemos as realidades internacional e nacional e sabemos das dificuldades que existem nos nossos municípios. Mas entendemos que a federação é uma unidade da qual os estados fazem parte. O estado é uma unidade federativa. E só se cuida do todo, cuidando das partes. Infelizmente, nós não temos hoje a federação que desejamos”, observou…”
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