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A obsolescência programada – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Não raramente escutamos que em outros tempos a geladeira, a televisão e tantos outros eletrodomésticos duravam anos. Os filhos cresciam, os netos chegavam e o fogão que reunia a família era o mesmo. Duas análises pontuais são necessárias, há que se considerar que o consumo/mismo aumentou, as pessoas trocam os produtos com mais facilidade, ainda que não se fale em necessidade; outro ponto de relevância está no tempo de vida útil dos produtos.

Nessa vida, quase tudo, tem um prazo de validade. Evidente que há um desgaste natural, porém quando se identifica que existe uma validade planejada, estamos diante do que vem sendo denominado de obsolescência programada. A prática da indústria de produtos em programar a vida útil de funcionamento de bens para que se tornem obsoletos em um período curto de tempo é abusiva. Eis aqui mais uma exploração evidente da vulnerabilidade do consumidor que se sujeita às manobras dos fornecedores-fabricantes em criar produtos com tempo útil programado, criando-nos a necessidade da troca, da aquisição, do consumo.

Por mais que tenhamos aparelhos com tecnologias até há pouco tempo inimagináveis, isso não replica necessariamente em qualidade e durabilidade. A facilidade da aquisição criou o pensamento que é mais fácil comprar um novo produto do que consertá-lo; nesse sentido, compra-se mais, dura-se menos, compra-se novamente.

A questão também tem um cunho importante relacionado ao consumo sustentável, ao passo que se consome mais, descarta-se mais. Estamos produzindo maior quantidade de resíduos, não somente derivado do consumo habitual, mas principalmente daquilo que não funciona ou tenha se tornado obsoleto diante de uma tecnologia mais moderna. A nossa era produz lixo eletrônico, além dos produtos programados para deixar de funcionar desconfio que tenhamos nos tornado consumidores programados a comprar cada vez mais.

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]

facebook/vitorhugoaf

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