SAÚDE. Precariedade do SUS, partos somente num hospital, menos atendimentos… E sem solução à vista
A atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que já era precário, piorou depois do anúncio da desistência do Hospital Alcides Brum, em função da “proposta” do governo do Estado, que é bastante inferior às necessidades mínimas para fazer o trabalho. Mas a “Lei de Murphy” está aí mesmo e o que é ruim sempre pode piorar. Tanto que a Casa de Saúde, desde o meio da semana não faz mais partos pelo SUS, agora por desacordo com os obstetras.
Resultado: hoje, para ser mãe pelo SUS só no Hospital Universitário, já naturalmente sobrecarregado. Estuda-se, como NOTICIOU-SE na noite desta sexta-feira, o envio de mães, depois do parto, do HUSM para se recuperar na Casa de Saúde. Uma solução inusitada, convenhamos, embora melhor que nenhuma.
Daí que o problema, goste-se ou não, caiu no colo do prefeito– justamente no momento em que se realiza a Conferência Municipal de Saúde. Cezar Schirmer chamou todo mundo para uma conversa, ainda na quinta-feira. O resultado? Não foi exatamente animador, como você pode conferir no material produzido e distribuído pela assessoria de imprensa da Prefeitura, nesta sexta. O texto é de André Campos, com foto de Márcio Fontoura. A seguir:
“Não houve avanço para superar o quadro dramático da saúde” diz Secretária Vânia após reunião
Em uma iniciativa do prefeito Cezar Schirmer e da secretária municipal de Saúde Vânia Olivo, como consequência dos rompimentos de contratos de prestação de serviço público do SUS, que ganharam contorno de dramaticidade e caos nos últimos dias, representantes e gestores de saúde do município estiveram reunidos com o secretário Adjunto de Saúde Francisco Zancan Paz e técnicos de sua pasta, nesta quinta-feira (2) no Gabinete do Prefeito.
“Estou preocupado, o aparato de atendimento ao público se encaminha para uma situação de calamidade e todos são convocados à reorganização, redefinição e superação deste momento que aflige a todos nós”, reafirmou o chefe do Executivo.
Os representantes da Casa de Saúde ressalvaram a iniciativa do prefeito em buscar aproximar o Estado, pelo seu representante da Saúde, da gravidade do problema, mas reconhecem que sairam desolados e alarmados com a falta de perspectivas do governo gaúcho. “Vimos o secretário adjunto e técnicos dispostos a ouvirem, mas apenas reproduzindo um quadro de impossibilidades e de questionamentos quanto ao lastro de legalidade dos valores do governo passado sem alentarem com qualquer posição para a resolução das pendências”, disse Rogério Carvalho, administrador da UPA.
Por sua vez, a secretária Vânia Olivo foi enfática “Não avançamos em nada, absolutamente nada! O Estado apresentou um quadro negativo e não acenou com nenhuma possibilidade para os pleitos apresentados como decisivos para a continuidade de contratos de atendimento ao público pelo SUS. Com exceção de revisar valores recentes que estão pendentes para com os hospitais locais”. Vânia disse que “só resta buscar o Ministério da Saúde e mobilizar grupos e representantes para encontrar alternativas para a situação dramática e que tende a se tornar caótica com graves consequências aos usuários que, necessitando, não encontrarão atendimento à saúde, com tudo o que isso possa significar”.
A administradora do Hospital Alcides Brum, Angela Perin, estava em agenda fora do HCAA na manhã desta sexta-feira (3), mas no encontro de ontem (quinta), ela apresentou posições fortes e que considerou contraditórias e confusas em relação ao tratamento dado ao encaminhamento dos pleitos do estabelecimento que administra e mostrou-se surpresa com o questionamento dos contratos mantidos entre o governo gaúcho e a instituição do Caridade…”
PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.