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ECONOMIA SOLIDÁRIA. Projeto que retira o símbolo “T” de produtos transgênicos repudiado em seminário

Militantes da alimentação saudável não esconderam sua revolta com o projeto de Heinze
Militantes da alimentação saudável não esconderam sua revolta com o projeto de Heinze

Por MAIQUEL ROSAURO (assessor de imprensa dos eventos), texto e foto

O projeto de lei, aprovado pela Câmara dos Deputados, que visa a retirar dos produtos transgênicos a letra “T” da embalagem foi duramente criticado no Seminário Nacional O Direito Humano de Alimentação Saudável, na 22ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) e 11ª Feira Latino Americana de Economia, em Santa Maria, na tarde deste sábado. O encontro foi promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e promoveu uma ampla discussão sobre os temas que prejudicam os produtores rurais.

O encontro contou com a participação dos deputados estaduais Edegar Pretto e Valdeci Oliveira; Frei Pedro; presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Leonardo Melgarejo; e a coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill.

Melgarejo destacou a ameaça dos produtos transgênicos à saúde e ao meio-ambiente, sobretudo o projeto de lei do deputado federal Luiz Carlos Heinze sobre a retirada do símbolo “T”.

– Não queremos que a informação seja escondida de nós. Precisamos que a juventude e as pessoas que trabalham com saúde se mobilizem. Os agrônomos tiraram o corpo fora, mas os nutricionistas ainda estão do nosso lado – relatou Melgarejo.

Frei Pedro destacou as dificuldades que o homem do campo tem para competir com os produtos transgênicos, que possuem inúmeros venenos para se livrar das pragas.

– Todo veneno é perigoso. Hoje, a semente crioula pede socorro – destacou.

Por sua vez, o deputado estadual Edegar Pretto apresentou os principais projetos que vem desenvolvendo em prol dos pequenos agricultores e criticou o projeto de lei de Heinze.

– É um retrocesso retirar o “T” no Congresso. Esse deputado não atua em favor dos trabalhadores do campo, ele quer a volta do tempo da enxada – afirmou Pretto, ressaltando que agora o projeto de lei agora está em discussão no Senado.

O seminário ocorreu no espaço Josué de Castro, no Parque da Medianeira, e foi um dos mais prestigiados nesta tarde. Amanhã (domingo), último dia de Feicoop, a Feira abre das 8h às 18h.

São esperados cerca de 240 mil visitantes na 22ª Feicoop, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Ano passado, a Feira recebeu cerca de mil expositores, que ofereceram em torno de 10 mil produtos, entre: Agroindústria Familiar, artesanato, alimentação, hortifrutigranjeiros, plantas ornamentais e produtos de oito povos indígenas. Para esta nova edição, é esperada uma quantidade similar de expositores e produtos.

Os eventos de Economia Solidária são promovidos pelo Projeto Esperança/Cooesperança, da Arquidiocese de Santa Maria, com apoio de Cáritas, Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE), Prefeitura Municipal de Santa Maria, Instituto Marista Solidariedade (IMS), Fórum Brasileiro e Fórum Gaúcho de Economia Solidária, entre outras entidades.

Horário de abertura da Feicoop

Domingo (12 de julho): 8h às 18h

Entrada gratuita

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PARA CONFERIR A PROGRAMAÇÃO OFICIAL DOS EVENTOS, CLIQUE AQUI.

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