NÃO AGRESSÃO. Acordo, válido por 10 anos, levou à “fumaça branca” no PT, e Valdeci candidato a prefeito

Entre a quinta-feira e o sábado de manhã, muito pouco dormiram os principais líderes do PT santa-mariense. Conta-se que, das 48 horas, no mínimo a metade foi gasta em reuniões. Juntos e separados, Paulo Pimenta (o grande fiador do acordo afinal obtido), Valdeci Oliveira e Fabiano Pereira discutiram muito. Além disso, as correntes internas que os representam (PT Amplo, Unidade na Luta e PTLM, respectivamente) também se reuniram. Internamente e umas com as outras.
Além do trio, pelo menos um dirigente, o presidente Sidinei Cardoso Pereira, participou de praticamente todos os encontros, exceto os que não eram do seu grupo, o PT Amplo de Pimenta. E mais: conforme fonte do editor (devidamente preservada), e que também esteve junto, em boa parte das conversas, às 11 da noite de sexta-feira, poucas horas antes da reunião decisiva do Diretório Municipal, ainda não havia acordo.
Este teria surgido, creia, às 5 da manhã de sábado. Consta que veio meio naturalmente, mas sempre é bom duvidar disso. Um telefonema marcou nova reunião antes das 8, quando, enfim, os termos foram “arredondados”. Quais? Fabiano Pereira, até ali irredutível, passou a concordar. A sugestão foi posta em reuniões de cada um dos grupos, mas especialmente nas correntes de Pimenta (Amplo) e Valdeci (ULD). Ambas, juntas (sim, houve esse encontro entre as duas), fecharam questão. Topavam o acordo mas, sem ele, iriam impor sua maioria no Diretório, mesmo às custas da divisão pública do PT, para sacramentar a candidatura de Valdeci. Não foi necessário.
Mas, que acordo foi esse? O principal deles, ao que consta uma sugestão do deputado estadual, prontamente chancelada pelo federal, é uma espécie de pacto de não agressão eleitoral. Pelos próximos 10 anos (com pelo menos cinco pleitos no caminho), nenhum dos três concorre aos mesmos cargos. E todos se apoiam mutuamente EM SANTA MARIA.
Para que isso funcione, não precisa ser mágico para perceber, só há um jeito: vencer a eleição municipal. Do contrário, pode haver novo confronto interno em 2018. Mas, com a vitória, tudo se facilitaria. Afinal, e esse é o segundo ponto firmado e tornado público nas palavras de Valdeci Oliveira: vencendo em 2016, Fabiano pode concorrer ao que quiser, dois ou quatro anos depois. A deputado federal, se Pimenta buscar outros rumos, ou a Estadual, se o atual representante petista local em Brasília, lá decidir permanecer.
E aí? Aí se está escrevendo de política. Portanto, a história se confirmará. Ou não. Aguardemos.
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