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CONGRESSO. Um Renan ameno na reabertura dos trabalhos. E quaaase governista. Mas tudo tem preço

Ouvido de mercador: Renan almoça com o governo, com quem se realinha, mas janta com a oposição
Ouvido de mercador: Renan almoça com o governo, com quem se realinha, mas janta com a oposição

Vamos começar pelo preço. Renan Calheiros, e já demonstrou isso logo no reinício dos trabalhos no Senado, quer retorno na política e na economia, genericamente falando. O fato é que, consta, e eis alguém cuida antes de tudo da própria sobrevivência, o presidente do Congresso reaproxima-se do Palácio do Planalto, após passar um semestre inteiro na oposição.

O pano de fundo para esse realinhamento seria a ameaça da rejeição das contas presidenciais e as investigações da Lava Jato. Como assim? Bem, melhor ler o material publicado originalmente no portal especializado Congresso em Foco. A reportagem é de Fábio Góis, com foto de Marcelo Camargo, da Agência Brasil. A seguir:

Renan volta do recesso parlamentar governista

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou do recesso parlamentar com uma postura oposta à que adotou no primeiro semestre, quando atuou se alinhou à oposição, principalmente depois da inclusão de seu nome entre os políticos investigados na Operação Lava Jato. No retorno às atividades parlamentares, Renan prometeu neutralizar a “pauta-bomba” de votações contra o governo preparada pelo presidente da Câmara, o agora autodeclarado oposicionista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), almoçou com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a quem prometeu apoio ao que até recentemente chamava de “capenga” ajuste fiscal, e pautou projetos que, entre outros efeitos, contribuem para o equilíbrio das contas públicas.

Renan se reaproxima da presidente às vésperas do julgamento da prestação de contas de Dilma pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O PMDB indicou três dos nove ministros do tribunal, dois dos quais com forte apoio do senador: os novatos Bruno Dantas e Vital do Rêgo Filho. Uma eventual condenação por crime de responsabilidade no tribunal por causa das chamadas “pedaladas fiscais” representa o pior dos mundos para a petista, pois abre caminho para o seu impeachment no Congresso.

Enquanto o futuro da presidente passa pelo TCU, o do peemedebista está pendurado no Supremo Tribunal Federal (STF), onde é aguardada para os próximos dias a primeira leva de denúncias do procurador-geral da República contra parlamentares que atualmente respondem a inquérito na Lava Jato. Renan é alvo de três investigações. Da atual composição do tribunal, apenas os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes, os mais antigos da corte, não foram indicados pela atual presidente ou pelo ex-presidente Lula. Nos bastidores, a influência exercida pelo PMDB no TCU e pelo governo no TCU é vista com esperança, tanto por Dilma quanto por Renan, para escapar das confusões em que se meteram.

Fiel aliado do governo nos primeiros quatro anos de Dilma, Renan estava determinado a contrariar o Executivo, como este site tem mostrado desde março. Chegou a classificar como “capengas” o ajuste fiscal e a aliança entre PT e PMDB. Agora, diante de ameaças de impeachment da presidenta Dilma, o peemedebista tem sido visto pelo Planalto e aliados como o “fiel da balança” quando o cerco se fechar contra o governo. O próprio senador tem sinalizado que pode voltar a colaborar com a “governabilidade”, mas, segundo interlocutores, cobrará “faturas” nas áreas política e econômica…”

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3 Comentários

  1. De fato me equivoquei. O texto original é " Nos bastidores, a influência exercida pelo PMDB no TCU e pelo governo no STF é vista com esperança, tanto por Dilma quanto por Renan, para escapar das confusões em que se meteram." Não é interpretação, o TEXTO faz a afirmação.

  2. @brando
    "Uma das interpretações possíveis é que Dilma livraria a cara de Renan no STF. Depois reclamam."
    Outro dia voce falou que podia-se consultar o STF.
    Aproveite sua capacidade em informatica e faça essas colocações no Próprio S.T.F.
    E aguarde à resposta.

  3. " Da atual composição do tribunal, apenas os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes, os mais antigos da corte, não foram indicados pela atual presidente ou pelo ex-presidente Lula." Uma das interpretações possíveis é que Dilma livraria a cara de Renan no STF. Depois reclamam.

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