ELEIÇÕES. Há candidatos demais e votos de menos. Sobretudo, faltará é troco para campanha competitiva
Com a entrada no jogo do agora ex-petista Fabiano Pereira, comandante do PSB local por delegação do chefe estadual Beto Albuquerque, prenuncia-se a possibilidade concreta de que pelo menos cinco nomes se candidatem a prefeito com a pretensão de ser competitivos.
Fabiano se soma aos candidatos do PT (Valdeci Oliveira), PSDB (Jorge Pozzobom) e PDT (Marcelo Bisogno) e, com certeza, a pelo menos mais um nome a ser apresentado conjuntamente, ao que tudo indica, por PP e PMDB – hoje, o atual vice, José Haidar Farret.
Não faz muito. Foi no dia 5 deste mês, há exatamente 19 dias, que o sítio publicou NOTA acerca do quanto custará uma campanha com chances pelo menos mínimas de vitória. Refrescando. A certa altura do texto, informava-se: “ninguém tem dúvida: por menos que se gaste, e até considerando … a militância gratuita, com menos de R$ 1 milhão a candidatura pode ser bancada. Mas sem chance qualquer de vitória.”
Atenção: aquela análise levava em conta quatro candidatos com pretensões reais de vitória. E não cinco, como agora, com a chegada de Fabiano Pereira. Esse fator pode, inclusive, aumentar as necessidades iniciais de cada um do quinteto a ser formado.
Agora, a pergunta inevitável: há R$ 5 milhões (sem considerar os outros pretendentes que virão e a eleição para vereador) disponíveis no chamado mercado financiador de campanhas em Santa Maria e alhures? A resposta é óbvia: não. Definitivamente, não.
O que isso significa, objetivamente? Do ponto de vista deste editor, há duas possibilidades. Uma delas será a tentativa de fusão de interesses entre os cinco, de maneira que o número de concorrentes se reduza a três ou, no máximo, quatro. É viável. Mas improvável.
A outra é que, mantendo-se o quadro de hoje, logo no início da campanha eleitoral, pelo menos dois dos cinco concorrentes ficarão para trás. E perderão ainda mais patrocinadores. E acabarão se transformando em coadjuvantes de luxo. Isto é, aqueles que se mantém na disputa dizendo que vão ganhar, quando até as pedras notarão estarem blefando. A essa dupla caberá apenas buscar o máximo de votos possível, para eleger uma bancada de vereadores (um que seja) e ter condições de barganhar apoio a um dos dois que sobrarem para o segundo turno. Simples assim.
Tudo FARINHA DO MESMO SACO !!!! Como diria Alda Olivier. Aliás esta tá faltando na lista.
Questão: todos concorreram em 2014, algum deles ainda tem dívida de campanha?
Outra: a quantia de 1 milhão é completamente aleatória. Normalmente seriam dois milhões, mas com menos da metade nada é garantido segundo os "espertos". Valores obtidos escutando o lado que recebe, vamos ver na hora da onça beber água se conseguem arrecadar o que querem. Não é só a Lava a Jato, nem a incerteza política. Lembra o principal estrategista da campanha do Clinton anos atrás. Pendurou no QG da campanha um cartaz com três frases. A primeira: "A economia, estúpido". As outras: "Mudança versus Mais do Mesmo", "Não esqueça a saúde".
Outra questão é se a chinelagem da "desconstrução" do pessoal que "faz o diabo numa eleição" vai atuar novemente. Aécio quase não vai para o segundo turno, só foi porque "desconstruíram" Marina. Ana Amélia também foi "desconstruída", o Gringo agradece. Obliteram o debate com ataques marketeiros. Deu no que deu.
Militância de aluguel atenção.
Existe campanha para que NÃO se façam doações e cada partido mostre seu verdadeiro poder de envolvimento.
Doadores! Gastem seu dinheiro com doações sociais, guardem seu dinheiro para impostos. Vivemos tempos de crise e todos partidos tem seu cunhão de "culpa".
Vamos ver a militância de verdade.