Na sexta-feira, os mais de 200 países filiados à Fifa (mais que a ONU, por sinal) ELEGERAM um novo presidente. No caso, o suíço-italiano Gianni Infantino. O que ele poderá fazer, para resgatar a imagem de uma das instituições mais conhecidas do planeta? É uma boa pergunta, que demorará um pouco, imagina-se, para ser respondida.
E não por acaso o futebol é um dos grandes negócios mundiais, com o mercado de atletas movimentando, por exemplo, US$ 4 bilhões a cada ano. Estima-se que um quarto disso seja proveniente de lavagem de dinheiro. E parte relevante desse dinheiro sujo vem de subornos pagos aos dirigentes esportivos, por emissoras de televisão e patrocinadores.
Mas, e o Brasil? Poois é. Poucos dias atrás, um interessante material foi publicado no jornal eletrônico GGN, pelo jornalista Luis Nassif. Explica, e muito, as relações entre os grandões do futebol e a mídia hegemônica nativa. Vale conferir, a seguir:
“Para entender o braço da FIFA no Brasil
Nos anos 70 a TV a cabo começou a ganhar força, assim como as transmissões esportivas internacionais. As redes de TVs tornam-se globais. E os eventos esportivos ganharam dimensão internacional. Ao mesmo tempo, a inclusão da África e da Ásia no negócio futebol ampliaram de forma inédita seu alcance.
É nesse novo quadro tecnológico que o futebol se torna um negócio bilionário. Na hora certa, no lugar certo, o cartola brasileiro João Havelange ajudou a dar forma final à FIFA. Desde os anos 20 o esporte já se constituía nos eventos de maior audiência do rádio. Com os avanços tecnológicos, os grandes espetáculos esportivos passaram a dispor de uma audiência global. E, dentre todos os esportes, nenhum chegou perto da popularidade e abrangência do futebol.
Em pouco tempo monta-se a rede global, com os seguintes personagens:
- A FIFA.
- As confederações
- Os clubes
- Os grupos de mídia hegemônicos em cada país filiado.
A parte econômico-financeira é composta do patrocínio aos torneios globais, torneios regionais e campeonatos nacionais. E os eventos os financeiros ocorrem na compra de direitos de transmissão para cada um dos eventos e nos patrocínios, e no mercado de jogadores.
A partir desses elementos teceram-se as relações de influência que acabaram resultando na organização criminosa desbaratada pelo FBI.
A base do poder na FIFA são as confederações nacionais.
Para garantir a perpetuidade do poder, há uma aliança simbiótica entre os dirigentes da FIFA, os grupos de mídia nacionais e os dirigentes das Confederações.
Em parceria com a FIFA os grupos de mídia conseguiram a exclusividade para os grandes eventos, que garantem os grandes patrocínios. E conseguiram os patrocínios para os eventos regionais e nacionais. O dinheiro captado serviu para irrigar os clubes e garantir a perpetuidade política dos grupos que controlam as confederações.
Por seu lado, a parceria sempre se dá com os grupos de mídia politicamente mais influentes. E garante a blindagem dos dirigentes das confederações – não apenas perante os governos nacionais como perante os sistemas de investigação locais.
Esse modelo criou tal blindagem político-policial que acabou transbordando para outras formas de ação de crime organizado, como a lavagem de dinheiro através do superfaturamento dos contratos e do comércio de jogadores…”
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