Por FRITZ R. NUNES (com foto de Arquivo), da assessorial de imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM
O sufoco da UFSM em 2015, quando a instituição passou todo o ano pagando contas em atraso, que em diversos momentos ultrapassou a casa dos R$ 10 milhões, foi superado. Conforme a pró-reitoria de Planejamento (Proplan), o déficit do ano passado foi quitado de forma praticamente integral. Mas, isso aconteceu, a quitação, só na semana passada. Entretanto, em 2016, segundo confirmam tanto a Proplan como a pró-reitoria de Administração (PRA), o repasse financeiro por parte do governo federal continua sendo feito de forma pingada, gerando novos déficits. Dados da PRA desta sexta-feira apontam uma dívida relacionada aos primeiros dois meses do ano alcançando R$ 8 milhões.
Segundo a pró-reitora adjunta de Administração, Isabel Scherer, em relação ao ano passado, não mudou o fato de que o governo federal não cumpre o cronograma de repasse de recursos. O repasse, que em outros tempos era feito semanalmente, agora é feito em menos partes, e não na integralidade. Isabel explica que geralmente é repassado 30% do financeiro no início do mês e outros 20% mais ao final do mês, o que não permite a quitação de todos os pagamentos da instituição.
Apesar desses entraves, a expectativa da pró-reitoria de Planejamento é que em 2016 os problemas sejam contornados. Conforme Joeder Campos, pró-reitor adjunto, a “expectativa” é que não haja contingenciamento no que se refere à parte de custeio. Contudo, a rubrica de investimento deve ser afetada. Campos destaca que após diálogo dos reitores com o Ministério da Educação, uma equipe técnica irá visitar as universidades para analisar caso a caso as obras em andamento. O pró-reitor comenta também que, no caso da UFSM, é provável que técnicos do MEC venham ainda em março, sendo que um dos locais que será vistoriado é o campus de Cachoeira do Sul.
Em relação à cortes de gastos, Joeder Campos diz que não existe nada de concreto. O que vai continuar ocorrendo, diz ele, é a conversa entre a Administração e diretores de unidades da UFSM, para que haja racionalização nos gastos com diárias e passagens e mais eficiência nos contratos com empresas terceirizadas.
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