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CIDADE. Convênio é rompido e Restaurante Popular deixa de funcionar. Medida é provisória, diz Prefeitura

Após várias notificações Prefeitura rompe com ONG. Licitação vai escolher novo gestor
Após várias notificações Prefeitura rompe com ONG. Licitação vai escolher novo gestor

Por FABRÍCIO MINUSSI (com informações da AIPM), com foto de GABRIEL HAESBAERT, no jornal A Razão

A Secretaria de Município do Desenvolvimento Social (SDS) interromperá a partir desta sexta-feira (11) os serviços de refeições ao público no Restaurante Popular Dom Ivo Lorscheiter, que fica na Rua Dr. Pantaleão, no Centro de Santa Maria. Conforme a secretária titular da SDS, Margarida Mayer, a empresa contratada ONG Comitê Gaúcho de Ação e Cidadania não prestou a correta e adequada à manutenção aos equipamentos de manipulação dos alimentos.

“Há, portanto, um descumprimento intempestivo de responsabilidades da empresa gestora que justifica o rompimento contratual”. A Secretaria de Desenvolvimento Social vai encaminhar um Termo de Referência para compor a abertura de processo licitatório com vistas a contratação de uma nova empresa gestora. O descontentamento da secretária Margarida com os serviços prestados pela ONG vem de longa data. O ponto determinante para o rompimento do contrato, conforme apurou A Razão, teria sido o fato do não comparecimento de um cozinheiro na última segunda-feira, quando o restaurante Popular não pôde abrir as portas. Antes disso, foram várias notificações relacionadas à qualidade dos serviços prestados pelos gestores.

POSIÇÃO DA ONG

A coordenadora da ONG Comitê Gaúcho de Ação da Cidadania, Melissa Bargmann, disse nesta quinta-feira que vai analisar com o corpo jurídico da organização a intenção manifestada da Prefeitura em romper o contrato de gestão do restaurante Popular. Segundo ela, a intenção é de manter a gestão e os serviços até o mês de julho, quando uma nova licitação deve ser realizada. No entanto, ela relatou que também notificou a Prefeitura diversas vezes, relatando que o local não se sustenta com a quantidade de refeições servidas diariamente. Melissa disse que, ao contrário do que informa o Município, são servidas 350 refeições por dia e não 900.

OPÇÕES EM FALTA

Localizado na Rua Dr. Pantaleão, nº 365, ao lado do Centro Administrativo da Prefeitura, o Restaurante Popular Dom Ivo Lorcheitter serve aproximadamente mil refeições por dia, ao preço de R$ 1,25. O local oferece ainda a opção do marmitex, ao preço de R$ 2,50, O cardápio consiste em arroz, feijão, um complemento, uma proteína e saladas. O copo de suco custa R$ 0,50. O local atende de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 13h30.

AMPARO

O Restaurante Popular é uma das ferramentas de suporte na política de segurança alimentar no município. De acordo com a secretária Margarida Mayer, estudos feitos pela Prefeitura indicam que a unidade do Centro de Santa Maria absorve a demanda projetada, amparada, ainda, por sete cozinhas comunitárias espalhadas em diferentes regiões da cidade, que servem cerca de 800 refeições por dia, menos aos sábados e domingos.

A ONG

A administração do local estava a cargo da Organização Não Governamental (ONG) Comitê Gaúcho de Ação da Cidadania, que recebia da Prefeitura R$ 16,8 mil a cada seis meses. A ONG tinha a responsabilidade de providenciar os funcionários que realizam a manutenção e executam os serviços no local. São 11 profissionais, entre cozinheiros, auxiliares, nutricionistas e administração. A ONG fecha dois anos de administração em julho, quando a Prefeitura deverá lançar uma nova licitação por igual período.

ERAM DOIS RESTAURANTES

Santa Maria já teve dois restaurantes populares. O primeiro, chamado de Restaurante Popular Betinho, chegou a funcionar anexo à estrutura do antigo Albergue Municipal, aproveitando a estrutura do casarão ao lado da Câmara de Vereadores. Foi inaugurado no início de 2007, com um investimento de adequação do local da ordem de R$ 180 mil (recursos do Governo Federal e Contrapartida da Prefeitura). Já o Restaurante Popular Dom Ivo Lorscheiter foi inaugurado em 24 de setembro de 2008 e custou de R$ 1,9 milhão, dos quais R$ 1,4 milhão do Governo Federal e R$ 500 mil da Prefeitura. Após a inauguração da segunda unidade a Prefeitura decidiu por encerrar as atividades no Restaurante Popular Betinho, na Rua Vale Machado. No local, inicialmente eram servidas 200 refeições por dia, número que aumentou à medida em que o funcionamento era efetivado. A meta era atingir mil refeições ao dia. Um estudo realizado à época apontava que o novo restaurante absorveria a demanda indicada para até mil refeições diárias, por isso, a primeira unidade foi fechada.

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Um Comentário

  1. Legal! Rompimento contratual e pronto! O município, através a sua "competentíssima" gestão, de uma hora pra outra, deixa na saudade centenas de pessoas – a esmagadora maioria de baixa renda -a ver navios, comendo pastel ou bolacha de almoço. A alternativa proposta pela magnânima gestora é surreal. As cozinhas comunitárias, segundo ela, atenderão plenamente a demanda, é só se cadastrar(!). Até parece coisa fácil. Aliás, na teoria é como se apertasse um botãozinho e "plim!": Tudo resolvido! Como escreveria um saudoso comentarista do sítio, só rindo.

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