O PMDB nacional é completamente previsível. Manter-se no poder parece ser a regra pétrea. Sem estar no comando. Isto é, tem o vice-presidente da República mas tenta não reconhecer-se governo – o que implicaria em angariar o bônus no sucesso e o ônus no desgaste.
Divide-se em alas diversas, e os discursos oposicionistas de uns, querendo sair do governo, qualquer que seja, convivem com os militantes ocupando cargos indicados por esses mesmos discursantes. Há exemplos, mesmo, no Rio Grande do Sul, cuja bancada parece ser a mais oposicionista.
Essa situação se repete pelo país inteiro. Tanto que a ideia de sair do governo Dilma esbarra num dado óbvio: como arranjar emprego para milhares de “companheiros” que se espalham pelos sete ministérios ocupados pelo PMDB? Então, melhor fazer de conta que é governo, continuar dele, mas estar pronto para o desembarque ali adiante. Para apoiar, claro, quem assumir – e manter, quem sabe aumentar – os cargos ocupados.
E evidemente tudo embalado pela oratória da moralidade. Poois é. Então, vamos fazer o seguinte. Vai que o editor esteja exagerando. Que tudo é mentira. Quem sabe até delírio do escriba. Assim, você confere a relação dos dirigentes eleitos na convenção nacional de hoje, que decidiu continuar “por enquanto” no governo, e veja se não é mesmo um balaio de gatos, cada qual com seu próprio interesse. Ah, há dois gaúchos na relação divulgada há pouquinho no twitter do deputado estadual Gabriel Souza. Em seguida, uma sugestão de leitura, para o noticiário da convenção. Acompanhe os cargos principais.
Executiva Nacional
Presidente Michel Temer, 1º Vice Romero Jucá, 2º Vice Eliseu Padilha, 3.o Vice João Arruda, Sec Geral Mauro Lopes, Sec Adj Gedel Vieira Lima, Tesoureiro Eunicio Oliveira, Tesoureiro Adj Valdir Raupp.
Entre os vogais está o gaúcho Darcisio Perondi e também os notórios Jader Barbalho, Roseana Sarnei, Olavo Calheiros, Henrique Alves, Renan Filho e Iris Resende – sejam eles titulares ou suplentes.
Pooois é…
LEIA TAMBÉM:
“PMDB não abandona cargos no governo Dilma e fixa prazo de 30 dias para “meditação””, de Adriana Fernandes e Leonêncio Nossa, no jornal O Estado de São Paulo (AQUI)
OBSERVAÇÃO: a foto que ilustra esta nota é de Valter Campanato, da Agência Brasil.
Pelo jeito o Editor não segue suas prórias regras. Ah se nós pobres mortais chamasemos uma Convenção do PT de "balaio de gatos"????? Vinha chamada de atenção logo, logo.