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Novo mandato. Segundo governo de Lula será de coalizão. Quem garante é Tarso Genro

O ministro das Relações Institucionais, o gaúcho Tarso Genro é, dentre todos os auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive por força de suas funções, o que mais fala. O que mais, enfim, tenta explicar aquilo que seria a composição do primeiro escalão do segundo mandato – conquistado, em segundo turno, no último domingo.

Nesta sexta-feira, por exemplo, em uma de suas manifestações, feita ao em entrevista ao editor do site Terra Magazine, Bob Fernandes, sinalizou claramente para o que estaria pretendendo Lula, em relação ao principal corpo de assessoramento ao governo. Quer saber? Dê uma lida:

”Será um Ministério de coalizão, anuncia Tarso

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que passará os próximos dias em Buenos Aires, conversou há pouco com Terra Magazine. Falou sobre a ação pessoal do presidente Lula já a partir da próxima semana para montagem de um governo de coalizão – como noticiado há pouco por esta revista -, discorreu quanto à concertação a ser buscada, também por Lula, para dar início à Reforma Política. Tarso abordou também as rusgas entre governistas e setores da mídia. Leia a entrevista:

Terra Magazine – Ministro, temos informações de que o presidente iniciará pessoalmente a conversa com partidos para montagem de um governo de coalizão já na próxima semana. Qual é o desenho disso tudo?
Tarso Genro –
Há um duplo movimento. A formação da coalizão, onde entram os partidos, e também a conversa com os governadores. O presidente, a partir disso, e também de conversas com figuras da sociedade civil, montará o seu Ministério.

É uma reforma ou um novo Ministério?
É um novo Ministério. Quem for mantido, será mantido em nome de um governo de coalizão. O segundo movimento, a que me referi, é o de concertação política, em que o presidente, e quem ele indicar, discutirá com a oposição a natureza e a dimensão da Reforma Política.

Essa conversa com a oposição também terá início na próxima semana?

Essa é uma conversa que deverá transcorrer até o final do ano, e que se dará também através das lideranças do Parlamento.

E a questão monetaristas versus desenvolvimentistas que o senhor concentrou ao se referir à “Era Palocci”?
Isso o presidente já arbitrou. Esse debate se deu até onde ele permitiu que se desse. Agora, estamos todos enquadrados, e a decisão do presidente é pela combinação da estabilidade com taxa de crescimento a 5% ou acima disso.

Nos últimos dias, há uma série de rusgas entre governo e setores da mídia. No seu entender, o que está se dando nesse território?
Essa é uma questão que tem de ser discutida de maneira tranqüila e sem radicalizações, sem que caiamos na armadilha da agressão verbal, do baixo calão, das provocações…

…Mas qual é o substrato disso?
No meu entender, à parte causas estruturais, a frustração da expectativa de colunistas, e não são poucos, que não conseguiram eleger o Alckmin e estão transitando para suas colunas reiterações do seu antipetismo.

O senhor poderia ser mais claro?
Te dou dois exemplos: um deles diz que o ministro Tarso Genro é adepto de teorias conspiratórias e o outro escreve que o governo defende o controle da imprensa por um Conselho de Estado. Na verdade, isso é apenas a justificação de um ódio que lhes restou. Grande parte da mídia queria eleger o Alckmin, se sente frustrada com o resultado, e ataca previamente para não ter de discutir suas próprias atitudes.

Mas nesse embate não há riscos e armadilhas?
Isso deve ser visto apenas como o que é, uma disputa política. Não é caso para agressões, nem verbais, nem pessoais. Grande parte da mídia acolheu as teses do Alckmin, mas isso não pode se transformar num torneio de infâmias, de calúnias e de ódio antipetista.

O senhor de fato percebe isso?
Para mim, o mais grave em todo esse processo não foram as denúncias contra o PT, até porque muitas das denúncias eram justas e os assuntos eram de extrema gravidade, mas sim o espírito de incriminação abstrata de toda uma comunidade, “os petistas”. Isso sim,..”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página Terra Magazine, do portal Terra, no endereço http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1228587-EI6578,00.html.

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