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Observatório. Confira aqui a versão original da coluna publicada neste sábado, 27 de dezembro

“RUSGAS CRESCERÃO EM QUANTIDADE E TOM”

 

 

APOSTE – Rusgas verbais pré-posse, entre quem sai e quem entra, vão crescer nos primeiros dias de novo governo. Se estenderão, provavelmente, por pelo menos um mês. Não descarte a elevação do tom, na mesma medida.

 

 

 

“ESTRUTURA JURÍDICA ADICIONAL. OU PARALELA?”

 

 

O Procurador do Município deverá ser mesmo um dos integrantes do quadro. A aposta mais forte é no nome de Fernando do Ó Porto, um dos mais experientes advogados de PGM. Ele, ou quem for o indicado, terá diante de si tarefas importantes, no acompanhamento jurídico da administração. Sua competência não está em análise, mas a preferência inicial de Cezar Schirmer era por um nome externo. Dois foram convidados, um não pôde, outro não quis aceitar. Assim, a solução tende mesmo a ser caseira.

 

No entanto, ao lado da PGM, o futuro governo articula a criação de uma Diretoria Jurídica, junto ao prefeito, com um grupo de três ou quatro advogados, todos Cargos de Confiança, para atender casos e necessidades específicas. O coordenador seria Luiz Fernando Smaniotto, advogado militante e de relação histórica com o PDT.

 

EM TEMPO: esse tema também foi tratado no sítio na manhã da última terça-feira, dia 23. Releia aqui.

 

 

 

“AUMENTO SALARIAL PARA OS FUTUROS SECRETÁRIOS? É UMA FRIA, PREFEITO!”

 

 

Um colega de rádio tem me dito, “em off”, que a esperança dele, além da torcida dele (e de todos, inclusive deste colunista), é que a inteligência e sobretudo a argúcia política de Cezar Schirmer permita-lhe conceder o discernimento e a capacidade de interagir com a devida autoridade diante de um secretariado montado em torno de um objetivo comum, mas que, de resto, é heterogêneo, para ser simplório.

 

O parágrafo introdutório, que até parece (talvez seja) uma conversa mole e ininteligível, se deve ao fato de ter chegado ao conhecimento de Observatório, de muito boa fonte, que estaria em curso no interior do novo governo a idéia de enviar à Câmara, logo no início de fevereiro, projeto de lei aumentando o salário dos secretários, incluídos no rol o Procurador Geral e o Presidente do Escritório da Cidade. Mais: a idéia seria fixar a remuneração, hoje, em algo como R$ 7 mil.

 

Cá entre nós, e sem entrar no mérito sobre o montante, é gol contra. E daqueles bastante vergonhosos. Com o zagueiro atrasando a bola e o goleiro deixando-a passar entre as pernas. Para a vaia de todo o Estádio. Inclusive dos próprios torcedores.

 

Que seja apenas um balão de ensaio que fure logo. Do contrário, se for real, as conseqüências políticas seriam arrasadoras, logo no início do mandato.

 

EM TEMPO: pela lei atual, o salário dos secretários é reajustado como os dos demais servidores. Que, obviamente, e com suas razões, gostariam de ter o mesmo aumento. Ou alguém duvida?

 

 

 

“CÂMARA DE VEREADORES E A DIFERENÇA MUITO IMPORTANTE, OITO ANOS DEPOIS”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

 

Em 27 de janeiro de 2001:

 

“* Câmara, nesse início de Legislatura, tem procurado participar ativamente da vida da cidade. E a viagem a Canoas, em audiência com a reitoria da Ulbra, marcada pela Prefeitura, é uma das provas.

* A tese é antiga e discutível politicamente, mas mantém-se atual: se o Legislativo quiser, ele pode ajudar. O início do novo grupo de parlamentares é promissor. Mas é o início..”

 

Hoje:

 

A coluna já se quebrou várias vezes, apostando no trabalho dos edis eleitos pela sociedade. Mas não custa, afinal, torcer para que os 14 que assumam agora tenham postura política de qualidade. Há uma diferença vital, agora, em relação há 8 anos menos um mês, quando da publicação das notas ao lado: o governo é amplamente majoritário, o que, enfim, deve querer dizer alguma coisa.

 

 

 

“ALÔ, ALÔ, DR JOSÉ FARRET: SE CUIDA, POIS ESTÃO QUERENDO LHE DERRUBAR!”

 

 

A seção Luneta

 

 

Recado ao vice eleito: “alô, alô, Dr Farret. Companheiros seus (não necessariamente do PP) estão dizendo, aqui e na região, que o senhor não será candidato a Deputado”

 

A coluna duvida mas o fato é que estão fazendo um estrago em sua reputação política. Se não fizer um trabalho logo, o objetivo dos detratores será plenamente atingido. E eles não jogam exatamente limpo.

 

As secretarias de Assistência Social e Proteção Ambiental estão entre aquelas ainda sem titular e que tendem a dar uma enchaqueca e tanto no prefeito que assume.

 

São inúmeras as ações que têm a Assistência como gestora. E outro tanto que dependem (e isso está na lei) de parecer da Proteção Ambiental. Há perigo iminente de descontinuidade.

 

Surgiu rumor (fofoca, provavelmente) de que Cezar Schirmer estaria inclinado a, provisoriamente, propor uma solução caseira para a Assistência Social.

 

Independente da qualidade inequívoca das escolhidas para tocar o barco, mesmo que por pouco tempo, é um risco (político e administrativo) complicado de correr.

 

Coordenador do plano de governo (e do grupo de transição) da aliança Schirmer/Farret e próximo secretário de Administração, Carlos Brasil Pippi Brisola, por sua competência, está acima de partidos.

 

A prova: ao mesmo tempo em que tocava a transição em Santa Maria, colaborava decisivamente com idêntico trabalho no município de Canoas. Detalhe: lá, o prefeito eleito é do PT; no caso, Jairo Jorge.

 

É incrível que o PMDB ainda não tenha apresentado nome para concorrer a deputado federal em 2010. O mesmo vale para o PP. E não digam que é cedo. Ao contrário, já é tarde.

 

Depois, tem quem ainda fica brabo quando se escreve que farão dobradinha com candidatos extra-boca do monte. Mas, que alternativa terão Tubias Calil e José Farret?

 

Ah, e não venham com essa de aliança “informal” com outros santa-marienses, de partidos diversos. Não funciona. Inclusive porque serão adversários na disputa do governo do Estado. Logo…

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“CONHEÇA O VENCEDOR DO ‘GRANDE PRÊMIO OBSERVATÓRIO’ NA SUA VERSÃO 2008

 

 

O “Grande Prêmio Observatório 2008” vai para…

 

…O latão, ou o bronze, ou que material seja de que são produzidas as comendas e medalhas entregues em profusão ilimitada pelo Legislativo de Santa Maria. Um cortejo de homenagens e salamaleques que, de tão banalizados,  permitem a suposição de que servem apenas a que os edis patrocinadores bajulem amigos, e não necessariamente a comunidade.

 

E, o que parece bem mais grave ao observador, levando, com a vulgarização, à desvalorização as importantes honrarias entregues pelo parlamento municipal, que se perdem em meio ao festival anual de adulação.

 

Assim, são o latão, o bronze e, com eles, os vereadores autores dos projetos, os vencedores do Grande Prêmio Observatório 2008. Com todo o devido respeito a quem já foi medalhado ou “comendado”, que nada têm a ver com isso.

 

 

 

“VALDECI OLIVEIRA, UM BOM PREFEITO. OU, PARA ALGUNS, UM GRANDE TORMENTO”

 

 

Valdeci encerra mandato

em que se inverteu a

lógica das prioridades

 

Retire-se da conta os que tiveram interesses contrariados. E assim é, em qualquer governo, de qualquer tempo e em qualquer nível. Acrescente-se à lista os que são anti qualquer coisa, que eles também existem, e nem são tão poucos. E joguem na panela os que fingem gostar dos menos favorecidos, desde que não precisem conviver com eles.

 

Bem, eis aí uma boa parte dos que consideram o governo do petista Valdeci Oliveira de Oliveira um insuportável tormento que durou oito anos, e que agora chegou ao fim. Todos precisam ser respeitados, inclusive os que preferem uma “boa” ditadurazinha e para os quais a democracia é algo a ser suportado, e não querido.

 

Juntando todos, e mais os que legitimamente discordam das posições político-ideológicas do governante, é possível afirmar que Valdeci Oliveira de Oliveira chega ao final de um mandato que se pode afirmar vitorioso. Sim, ele foi um bom prefeito – e mesmo seus adversários, tirante os gritalhões, inclusive com acento parlamentar, reconhecem virtudes no ex-metalúrgico que está mudando a cara da cidade, embora isso só se possa perceber mais adiante – como já aconteceu com prefeitos de outrora, inclusive José Farret e o seu projeto Cura, o que só os mais antigos devem lembrar.

 

Obras foram muitas, e não é o caso, aqui, de listá-las. Fico apenas com a figura acessível, que suportou a fofocaiada, alguma intriga (inclusive de vários de seus companheiros e aliados) e sempre foi, sobretudo, um democrata que inverteu a lógica de governo, ao fazer suas escolhas E que soube ser nobre no trato com a opinião pública. É raro. Bastante raro, pode o colunista afirmar após 26 de militância profissional.

 

Quanto ao legado de Valdeci, por razões opostas às que motivou texto escrito há oito anos, quando da saída do prefeito anterior, a história é que vai julgar. E não os homens de hoje.

 

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