SAÚDE. “Hospital Público Regional para quem?”, é a pergunta do Reitor da UFSM, em texto no Feicebuqui
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, agora há pouco, via rede social Feicebuqui (de onde também é a foto acima), manifestou sua preocupação com a solução anunciada, de sopetão, três dias atrás, em que três instituições privadas vão gerir o Hospital Regional. O texto é este, na íntegra:
“Hospital Público Regional para quem?
Já havia manifestado meu entendimento para a gestão do HPR. Estive mobilizado para que o interesse e a necessidade da população regional fossem atendidos. Disse: ”não importa quem vai fazer a gestão do HPR, desde que seja garantido o seu caráter 100% público”.
Agora sim, que um grupo de empresas privadas que se movimenta para manter a “filantropia” e mais uma vez aparece para “salvar” os interesses às custas do recurso público, podemos falar que o HPR está sendo privatizado.
O consórcio recebe dinheiro público (inicia com quase 50 milhões investidos na construção – some a isso os equipamentos garantidos pelo ministério da saúde), soma pontos importantes para manter a “filantropia”, vai se descomprometer com atendimento SUS e selecionar para atender o que mais lhe “rende”.
Vou continuar mobilizado para que este ”consórcio” abra este hospital “prá ontem” e construa a linha de cuidado completa no que se propõe a fazer: do pronto socorro à reabilitação.
Nestas condições e como o HPR 100% SUS vou insistir para se integre ao HUSM e ao sistema de saúde como um todo. Só não esperem que o HUSM assuma o ônus de ser o hospital público porta aberta 24h.
O HUSM/UFSM, único hospital 100% SUS e 100% público continua, mesmo superlotado, sendo a maior referência em saúde pública e maior formador de profissionais para a saúde do RS. Continua, também, sua saga de pronto socorro com superlotação e suas consequências.
Nossos servidores estão suportando a carga e o ônus há anos e a pressão só vem aumentando, esperando que a solução para o HPR possa representar, no mínimo, um parceiro para dividir as responsabilidades e melhor atender à saúde regional.
Nada disto abalou, até o momento, a quem controla e toma as decisões. Nunca os ”interésses” foram tão bem contemplados numa decisão arbitrária, que despreza o interesse da população (desconsiderando decisões do Conselho Municipal de Saúde, Prefeitos e Secretários de Saúde da região) e descarta a possibilidade de colocar um Hospital Público a funcionar sob os ditames da lei.
Alguém duvida de que estamos diante de uma experiência perigosa, que pode vir a ser trágica, com o que há de mais sagrado para as pessoas?
Sinceramente, eu gostaria de duvidar.”
PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI (se você for usuário do Feicebuqui).
A tropilha de choque petista sempre correndo para se manisfestar. às vezes-muitas vezes-contra os interesses da sociedade. A primeira acho que foi diretora geral da saúde do Valdeci.Ficaram 13 anos e o que melhorou no SUS foi a discurseira-justificatória dos gestores. Discurso- é o que mais essa petezada sabe fazer.
Triste é perceber que existem pessoas que colocam seus interesses particulares, acima da vida e dignidade de outras, criticando a existência do SUS e sua ampliação (e olha que quem já teve que enfrentar uma fila sabe que é muito demorado, burocrático, mas extremamente necessário para todos que não podem pagar consultas e exames particulares)….certamente estas pessoas ou seus familiares nunca precisaram dele, por isso sem o mínimo de empatia, colocam a questão financeira ou outra do gênero em primeiro lugar…
Rindo para variar. Reitor da universidade apita dentro dos limites da mesma. Um milímetro fora da autarquia ele é só um dentista. Logo a opinião dele tem o mesmo peso de qualquer outro cidadão.
Outra coisa que parece não ser clara: o servidor público reitor exerce função gratificada. Pode perdê-la a qualquer tempo.
Mais: o HUSM além de ter orçamento próprio é administrado pela Ebserh. Ou seja, o que acontece por lá já tem certa independência da reitoria.
O programa do SUS que possibilita o convênio foi criado durante o governo do PT.
“a maior referência em saúde pública e maior formador de profissionais para a saúde do RS”? Menos, mas muito menos mesmo.
“vai se descomprometer com atendimento SUS e selecionar para atender o que mais lhe ‘rende'”: por coincidência um petista estava afirmando exatamente a mesma coisa num programa de rádio conhecido da cidade. Infelizmente fazem estas previsões, mas nunca dizem quais os números que serão sorteados na mega sena da semana que vem.
Ditames da lei? É só ler a parte referente a saude da Lei Federal nº 12.101, de 27 de novembro de 2009. Assinada pelo Lula.
Por fim é bom lembrar que a gestão do SUS é decidida em Brasília, não no final da Avenida Roraima.
Justiça social é assunto que não interessa para os golpistas. É só o começo.
Impressionante a cara de pai desses governista, aproveitando a eleição municipal para dar esta trágica notícia. Quem entende um pouquinho de saúde pública sabe o ônus que será esta gestão nas mãos do Sírio Libanês. Pobre só pagando ou encaminhado pelos políticos da atual gestão. Não acredito mais em justiça social.
O Reitor de nossa Universidade está correto em sua análise e sua manifestação fecha com aquilo que tenho manifestado. Pena que os interesses eleitoreiros se sobreponham aos interesses da população usuária do SUS que continuará dessassistida e recebendo os atendimentos que sobrarem dos planos privados. Est decisão tem a cara do Senhor Osmar Terra e do engenheiro Ricardo Barros, então ministro da saúde, defensor dos planos privados populares e acessiveis para ingles ver e os seus financiadores de campanha enxerem os bolsos.
Mas acredito que essas 3 instituições serão as gestoras até a proxima semana, pois tenho certeza que este “jogo politico” não vai dar resultado e o candidato em questão será derrotado nas urnas.
O povo terá discernimento necessário para não se iludir com a promessa de abertura do Regional como aconteceu por ocosião da eleiçÃo do gringo, pois o tiro saiu pela culatra.
Parabéns pela firmeza senhor reitor. Conte sempre conosco. Abs