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Bafafá no PT.Brasília quer enquadrar o RS, que berra. Mas isso já houve antes e ninguém chiou

Para os leitores da coluna Observatório, que publico aos sábados em A Razão e reproduzo aqui na madrugada do mesmo dia, modéstia às favas, não é uma novidade. Me refiro ao forrobodó que atinge em cheio o PT do Rio Grande do Sul, no que toca à eleição de 2010. E que pode desembocar num grande cisma entre a sigla na província com os dirigentes nacionais.

 

No dia 18, há duas semanas e meia portanto, publiquei a nota “O duro (para o PT do Rio Grande do Sul) jogo das alianças para 2010”. Naquele texto, antecipei uma discussão que se tornou pública apenas agora, nos últimos dias. E é fato: a direção nacional do PT quer rifar tantas candidaturas estaduais quantas forem necessárias, para viabilizar uma aliança ampla em torno de Dilma Rousseff, a candidata do partido à presidência da República.

 

Os enroscos que se lêem e escutam na mídia gaúcha e nacional (confira sugestão de leitura, mais abaixo) têm tudo para se ampliar, quanto mais próxima ficar a data da definição. Mas o certo é que há quem não descarte, meeeeesmo, até uma intervenção (que é juridicamente viável, consta) no diretório gaúcho, para manter os propósitos de ceder ao PMDB a cabeça da chapa regional, em troca do apoio dos peemedebistas gaúchos a Dilma.

 

Isso é o que pode acontecer. Imagino, porém, que, se acontecer, haverá o maior racha da história do PT do Rio Grande do Sul. Não, não penso, como disse a um interlocutor do PMDB no último final de semana, que os petistas deixarão o partido. Inclusive porque não terão para onde ir, salvo um ou outro, que poderia se achegar ao PSOL (se este aceitar, claro).

 

Então, de que forma se dará esse cisma? Simples: os petistas militantes farão campanha por Dilma e pelos seus candidatos ao Senado, Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa. E nada farão pelo candidato, do PMDB e do PT, ao Governo do Estado. Como isso se viabilizará? Não tenho a mínima idéia. Mas é o que imagino venha a ocorrer.

 

EM TEMPO: pode parecer um absurdo a eventual intervenção nacional no PT gaúcho. E até tenho sérias dúvidas se ela acontecerá, meeeeesmo, dada a conhecida (e reconhecida) importância da seção do partido no Rio Grande. No entanto, se o fato ocorrer, ninguém poderá fazer exatamente se queixar.. Afinal, se trata, primeiro, de um partido que se pretende nacional (e é nesse sentido que as decisões são tomadas) e, segundo, porque o diretório estadual cansou de decidir quais partidos (e em que circunstâncias) poderiam ser aliados do PT em nível municipal. E isso não se deu no Acre ou na Paraíba, mas aqui, em território gaúcho. Logo…

 

EM TEMPO 2: de resto, cá entre nós, quem está rindo a toa, e só esconde isso de forma protocolar, é o PMDB. Se houver a aliança, estará “na boa”. E, se não se der a coligação, enfrentará um partido completamente dividido. O que também é bom, do ponto de vista peemedebista.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui  a reportagem “Sucessão no RS abre crise entre Tarso e Berzoíni”, na versão online d’O Estado de São Paulo.

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