Tudo por 2010. PMDB e PT podem até se acertar. Mas o Rio Grande do Sul, creia, não é a Bahia
O jornalista Tales Faria, editor chefe do Jornal do Brasil, assina a coluna Coisas da Política, nesse tradicionalíssimo jornal brasileiro. E nesta terça-feira, entrevistou o ministro Geddel Vieira Lima (na foto de Valter Campanato, da Agência Brasil), do PMDB, que enfrenta acirradamente o PT do governador Jaques Wagner. Isso em Salvador, na Bahia.
O assunto é exatamente a disputa em segundo turno na capital baiana. E, sobretudo, os reflexos para o pleito presidencial de 2010. Vale a pena ler, creia. Faça isso, e depois confira meu comentário, lá embaixo. Acompanhe:
PT e PMDB fazem uma disputa acirrada, em Salvador, no segundo turno das eleições para prefeito. De um lado, o petista Walter Pinheiro, respaldado pelo governador Jaques Wagner. De outro, o atual prefeito e ex-pedetista, João Henrique Carneiro, filiado ao PMDB por obra e graça do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, hoje um dos caciques nacionais do partido. Por conta dessa disputa e de umas outras tantas no interior do Estado, o governador e o ministro, que vinham mantendo um relacionamento amigável, andaram se estranhando. Para piorar as coisas, o partido Democratas – orfão com a derrota de ACM Neto no primeiro turno – resolveu apoiar o candidato peemedebista no segundo turno.
Então a situação na Bahia complicou? Mais ou menos. O governador resolveu propor a retomada da aliança entre PT e PMDB após as eleições, com um acordo em torno da sua reeleição e do lançamento da candidatura de Geddel ao Senado. Faltava a resposta do ministro. Faltava! Porque a coluna foi procurar Geddel Vieira Lima e ele respondeu sem meias palavras.
Afinal, ministro, o senhor aceita ou não apoiar a reeleição de Jaques Wagner e sair candidato ao Senado em 2010?
Não vejo o menor problema em aceitar. Só estamos disputando uma eleição em Salvador. Isso não significa guerra entre PMDB e PT. Terminado o segundo turno, vamos acertar definitivamente os ponteiros para a manutenção da aliança no Estado.
E as rusgas entre o senhor e o governador?
Rusgas, que rusgas? Somos adultos, políticos e temos um ótimo relacionamento. O resto é especulação…
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: transfira esse cenário do território baiano para o gaúcho. E tenta responder: é possível o mesmo procedimento pós-eleitoral entre o PT e o PMDB no Rio Grande do Sul? Há alguma chance de prosperar uma aliança entre as duas siglas na província de São Pedro? É viável que estejam no mesmo palanque, dentro de dois anos, as principais lideranças das duas siglas? É, também não acho.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da coluna Coisas da Política, assinada por Tales Faria no Jornal do Brasil e reproduzida pelo Blog dos Blogs.
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