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Opinião. Palácio Piratini, a começar pela comandante, passa a idéia de que está tastaveando

Se você ler as informações publicadas pelos jornais, ficará naturalmente confuso. Mas, afinal, qual a política do Palácio Piratini? Não, não se trata das discussões sobre as propostas de recuperação econômica ou, mesmo, de contenção do déficit das finanças públicas. Falo do exercício cotidiano da política. Essa coisa bem mais simples, das relações inter e intrapartidárias que, creia, é que fazem o dia-a-dia da condução do processo político. E que leva às vitórias. Ou às derrotas.

 

Pois é aí, nesse exercício, que o que sobressai, de um lado, é a aparente soberba pós-eleitoral. Hein? É isso. Só que alguém tem que avisar que foi há um ano. E que só há três ainda pela frente, antes de novo pleito. O resultado desse comportamento foi derrota sobre derrota na Assembléia Legislativa, culminando com a supergoleada da semana passada. Os 34 x 0 que fulminaram o Plano de Recuperação do Estado, com apoio decisivo do PP, da bancada do governo, e também de parte do PTB e, menos, do PMDB.

 

Mas há outro fator que contribui bastante para as dificuldades políticas óbvias enfrentadas pela titular do palácio, a governadora Yeda Crusius. Muito mais, quem sabe, até do que as características pessoais da Chefe do Executivo. É o desnorteamento, ou, para usar um termo mais gaúcho, o tastaveio evidente nas ações do governo pós-votação na Assembléia.

 

E aí a confusão de que falei lá no primeiro parágrafo. Afinal, o que quer Yeda? Afastar o PP? Era o que parecia, mas de repente, com a saída de Pedro Westphalen da secretaria de Ciência e Tecnologia, se produziu no mínimo um desastre de comunicação com efeitos políticos danosos, para variar. Dizia-se, e anunciava-se (no site oficial do Piratini) um nome do PSDB. O que sinalizava a desidratação dos Progressistas. Aí, na hora da nomeação, o nomeado era … isso  mesmo, do PP. Imagina a “alegria” dos tucanos.

 

E tem mais: perderá a governadora seu articulador palaciano, Luiz Fernando Zachia, para remetê-lo de volta ao parlamento, para reforçar o apoio na Assembléia? E, junto, outro secretário peemedebista, Marco Alba? Tudo para mandar pra casa um suplente (hoje deputado) pouco fiel do PMDB? Vale a pena? É pouco provável, mas isso importa pouco para o raciocínio. O que interessa é que, objetivamente, o Palácio Piratini não sabe bem o que fazer. Ou não?

 

O fato é que, se não recompuser rapidinho sua base, e agir racionalmente, e não sob o impacto da emoção, o governo corre o risco sério de se esfarelar politicamente. É a hora das raposas. E elas existem de sobra. Se forem chamadas, claro. Ah, no PP há algumas delas, a propósito. Serão afastadas? Perguntas… perguntas.. perguntas…  

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