O PT não estaria fazendo taaanta força assim, para ter apoio formal de PSB e PC do B. Por quê?
Que razões haveria para os petistas quererem a adesão formal do PC do B e do PSB? Aqui, a resposta é simples: além da proximidade ideológica e programática, e ate pelo convívio já existente no poder federal, há os preciosos minutos dos dois partidos, que seriam agregados aos do PT para garantir mais espaço a Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda gratuita no rádio e na televisão.
Pois é. Isso facilmente se entende. Mas, então, quais seriam os motivos pelos quais, se a aliança oficial não for concretizada, talvez os petistas não ficassem assim tão insatisfeitos? Tem alguma coisa a ver com cláusula de barreira, com certeza.
Quem avança e bem e bastante nessa análise é a cientista política Lucia Hippolito, em artigo publicado pelo jornalista Ricardo Noblat, em sua página na internet, na manhã desta quarta-feira. Dê uma olhada:
Requintes de crueldade
A necessidade de cumprir a cláusula de barreira nas eleições de outubro está deixando muito partido preocupado e muito dirigente partidário sem dormir.
Eleição é momento de alto grau de incerteza. Com a entrada em vigor da cláusula de barreira, esta incerteza aumentou exponencialmente. E aumentou também a paranóia.
No próximo sábado, o PT formaliza a candidatura de Lula à reeleição, e é esperada a adesão formal de PSB e PCdoB.
Mas nos Estados, a briga entre os três partidos é feroz. Por isso, em que pesem as juras de amor do presidente do PT, Ricardo Berzoini, e do coordenador do programa de governo, Marco Aurélio Garcia, no PCdoB e no PSB dirigentes suspeitam de que o PT não está tão interessado assim em ajudá-los.
E por que isso? O raciocínio é cruel, mas de indiscutível pragmatismo. Se não conseguirem ultrapassar a barreira dos 5%, PSB e PCdoB perdem as condições básicas de sobrevivência independente e serão obrigados a procurar abrigo num partido maior. E que partido maior receberia de braços abertos socialistas e comunistas do B? Naturalmente, o PT.
E se isto vier a ocorrer, não será evento inédito na história da esquerda brasileira.
Recordar é viver. Em maio de 1947, eram tempos de Guerra Fria, do confronto ideológico entre União Soviética e Estados Unidos.
Depois de longo processo, o TSE cancelou o registro do Partido Comunista Brasileiro, o velho Partidão. Mas restou o problema: o que fazer com os mandatos do senador Luís Carlos Prestes, dos 14 deputados federais, das centenas de deputados estaduais e vereadores eleitos pelo Partidão pelo…
SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço www.noblat.com.br.
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