KISS. Novas audiências judiciais só no próximo ano
O juiz que preside o processo criminal da Kiss na Justiça comum, Ulysses Louzada, está em Porto Alegre nesta sexta-feira. Vai receber um prêmio por conta do bom desempenho da Vara Criminal da qual é titular. Ele e sua equipe.
Por conta disso, foi cancelada a audiência que, no mesmo dia, ouviria 10 sobreviventes da tragédia de 27 de janeiro. Que, assim, só terá novos depoimentos em 2014, como explica a reportagem de Luiz Roese (texto e foto – do arquivo do sítio), a ser publicada na edição desta quarta-feira, no jornal A Razão. Acompanhe:
“Não haverá mais audiências do processo da Kiss neste ano
A audiência desta sexta-feira, dia 13, em que seriam ouvidos 10 sobreviventes da tragédia da Boate Kiss, no processo criminal da Justiça Comum sobre o caso, foi cancelada pelo juiz Ulysses Louzada, titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria. O motivo é que o magistrado e membros de sua equipe foram solicitados a comparecer em Porto Alegre, na mesma data, para receber um prêmio, pelo bom desempenho da vara.
O último despacho do juiz no processo informa o cancelamento: “Conforme recentemente foi informado a este Juízo pelo Corregedor-Geral da Justiça e Coordenador do Plano de Gestão pela Qualidade do Judiciário, esta Vara alcançou os melhores índices de desempenho e vazão, segundo parâmetros definidos pelo Gerenciamento Matricial dos Serviços Judiciários (GMS-Jud). Em virtude disto, este julgador e membros de sua equipe foram solicitados a comparecer na cerimônia, que será realizada em 13/12/2013, às 14h, no auditório do Palácio da Justiça, para receber o Prêmio “Melhor Unidade Jurisdicional”, instituído pelo Provimento n. 03/2012 – CGJ. Portanto, em razão dessa solenidade, cancelo a audiência designada para o dia 13/12/2013”.
O magistrado também solicitou que sejam expedidas cartas precatórias para que sejam ouvidas vítimas fora de Santa Maria. Os depoimentos serão em Colombo (PR), Bagé e Machado (MG).
Com o cancelamento da audiência desta sexta, só haverá novos depoimentos de vítimas da tragédia em 2014, provavelmente a partir de março. Ainda devem ser ouvidas cerca de 30 sobreviventes.
Mesmo que não tenham sido realizadas audiências desde 29 de novembro, quando foi ouvido em Porto Alegre Willian Renato Machado, sobrinho do sócio da Kiss Elissandro Spohr, o Kiko, o processo não parou. Recentemente, o juiz Ulysses Louzada, por exemplo, determinou um prazo para que a limpeza da Boate Kiss fosse feita.
Pelo incêndio ocorrido no dia 27 de janeiro deste ano, respondem ao processo criminal pelas 242 mortes e os mais de 600 feridos os sócios da Kiss, Mauro Hoffmann, o Maurinho, e Elissandro Spohr, o Kiko, e o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o roadie do grupo, Luciano Bonilha Leão. Eles são acusados por homicídios qualificados com dolo eventual (doloso) e tentativas de homicídio qualificado. Todos os réus estão em liberdade.”
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