Em busca do voto. Corpo-a-corpo, pode acreditar, não é apenas uma marca de creme de beleza

Este (nem sempre) humilde repórter às vezes acrescenta à sua vasta coleção de defeitos uma lentidão provocada, quem sabe, pela idade. Mas não é cego, por certo. Na manhã de ontem, para ser objetivo, vi um grupo de políticos bastante notórios, andando pela rua Serafim Valandro. Perto de 9 da manhã. Relativamente cedo, portanto.

Olhando um pouquinho melhor, viu dois cabos eleitorais – aliás, duas cabos – com bandeiras, um ex-vereador do PDT às turras com o partido e dois candidatos, um a vice,  outro a prefeito. E mais algumas pessoas, talvez importantes, mas não identificadas à vista curta do observador.

Mas o trio é que importa. E mais ainda o que faziam. Marcelo Bisogno fazia companhia aos mais ilustres, nada menos que José Farret e Cezar Schirmer. O primeiro candidato a vice, o segundo a prefeito – da aliança “Juntos por uma Santa Maria Melhor”. E ambos fazendo o que muitos imaginam em desuso, ou apenas utilizado por concorrentes à vereança: o velho, mas sempre atualíssimo, corpo-a-corpo. Que, como se sabe, não é apenas uma marca de creme de beleza mas, certamente, ainda um eficiente método para cabalar votos.

Um veterano político, ainda pra lá de ativo, certa vez disse ao repórter: “Claudemir, é preciso visitar toooodos os eleitores, se possível. No mínimo para que ele não diga, depois, que não votou por não ter sido procurado”. O autor? Exatamente um dos três proselitistas de ontem, José Haidar Farret.

Não conversei com nenhum deles, mas percebi que, se perderem a eleição de outubro – o que é perfeitamente possível, certamente não será por falta de campanha direta com o eleitor. A menos que ontem tenha sido uma exceção. Foi?

EM TEMPO: é bastante provável, para não dizer certo, que os oponentes principais da dobradinha Farret/Schirmer, no caso o petista Paulo Pimenta e o petebista Ovídio Mayer, também estejam fazendo o mesmo. Aliás, se não estão, correm talvez mais riscos do que imaginam.