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Greve das Universidades Federais sem acordo. Como isso vai terminar?!

Está muito complicado. Docentes em greve não abrem mão do que consideram minimamente justo. E eles têm suas razões bem fundadas em anos e anos sem reajuste condizente, para dizer pouco. De outro, o governo, representado pelo Ministério da Educação, não parece lá muito interessado, objetivamente, em resolver o problema que já afeta quase 100 mil estudantes em todo o País. E então, como isso vai terminar? Como diria alguém: nãããão sei!

Enquanto isso, reflitamos a partir de reportagem publicada hoje, quinta-feira, pelo jornal Folha de São Paulo, reproduzida pelo site Folha OnLine:

”Sem acordo, universidades federais mantêm greve
O Ministério da Educação deve apresentar amanhã uma nova proposta aos professores universitários. A categoria está em greve há mais de um mês.
Ontem, representantes da Andes (Associação Nacional de Docentes das Instituições de Ensino Superior) e do Pró-IFES (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) se reuniram com o secretário-executivo-adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira, para discutir os pontos discordantes da proposta feita pelo ministério na semana passada.
A proposta, que representaria um gasto excedente de R$ 500 milhões na folha de pagamento de 2006, foi rejeitada em assembléia. Segundo o MEC, as reivindicações da Andes representam um gasto de até R$ 1,3 bilhão.
As principais reivindicações são a paridade entre os salários dos docentes da ativa e aposentados, a isonomia nas gratificações e um reajuste linear de 18%. O governo oferece 10% de aumento. Hoje, as partes terão uma reunião técnica preparatória.
No meio do impasse, os estudantes aguardam as decisões desta tarde para conseguir programar seus estudos e suas férias. Na Universidade Federal de São Paulo, que deve divulgar hoje um balanço oficial da greve, os alunos mais atingidos são os dos primeiros anos de enfermagem e fonoaudiologia.
“Estou tendo aula só de uma disciplina”, conta a aluna do 3º ano de enfermagem, Monique Gomes, 20. Na mesma situação está Átila de Faria, 23, do 3º ano de biomedicina. “Alguns departamentos pararam, mas entendemos que para manter uma universidade de qualidade os professores precisam reivindicar.”
Presidente da Andes, Marina Barbosa diz que ainda não sabe como ficará o calendário de reposição. “Não fizemos as contas para ver se vai dar para repor todas as aulas neste ano.” Segundo ela, o MEC pouco avançou na semana passada. “Temos feito assembléias nas universidades e percebido que a proposta não agrada”, afirma. Ontem, 30 assembléias tinham rejeitado a proposta do governo e apenas uma aceitado.
A greve já atingiu 37 das 56 instituições. A Universidade Federal do Acre, onde a paralisação começou, adiou por tempo indeterminado o vestibular, marcado inicialmente para a segunda quinzena de dezembro. O presidente da Comissão Permanente de Vestibular, João Batista de Souza, disse que, caso a greve fosse encerrada nesta semana, o vestibular ocorreria no fim de janeiro de 2006 ou no início de fevereiro.
O vestibular da Universidade Federal do Ceará ainda está mantido. A primeira prova está marcada para 20 de novembro.

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