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À espera de Schirmer. Após a China, subprefeitos, futricas no governo e cargos por preencher

Pelas 3 da tarde, no sétimo andar do Centro Administrativo, o prefeito Cezar Schirmer recebe a imprensa. Pretende relatar o que fez, com quem conversou e as possibilidades futuras do seu périplo oriental. Durante oito dias úteis (entre a quinta, 18, e a outra quinta, 25) manteve vários encontros em três cidades chinesas.

 

Foram, sobretudo, empresários ou seus representantes, com interesse em investimentos no Brasil. E por que não Santa Maria?, foi dizer o Chefe do Executivo. Fez bem, como já escrevi. Quem não é visto, lembrado não é. E Schirmer apresentou aos orientais o que a boca do monte tem e o que pode oferecer, para tê-los, junto com seu troco e a possibilidade de geração de emprego e renda. Hoje, com a imprensa local, fará a sua apresentação. Não será inquirido, por certo. Mas é do jogo. Inclusive porque não pode (e deveria?) haver contraponto.

 

Resumo da ópera: não será certamente no contato com a mídia local que qualquer dor de cabeça haverá para Schirmer. Mas isso não significa exatamente tranqüilidade para o prefeito. Ao contrário. Há um bom número de situações a ser resolvidas e que, com a ausência dele, ficaram suspensas. José Farret, o substituto legal, afora o protocolo (e a sua própria postura ético-político-pessoal), que impediria qualquer arroubo, o vice pegou a Gripe A pelo rabo, e teve que toureá-la nesses 10 dias – somada à bronca com os agentes de saúde da família. Política? Isso fica mesmo para Schirmer.

 

Certamente há outros, mas este (nem sempre) humilde repórter cita pelo menos três casos a ser administrados por Sua Excelência. Um está na conta da futrica. Terá que domar uns e outros que, com uma entrevista de Giovani Manica, semana passada, ficaram incomodados, ciumentos e até um pouco alarmados com um suposto superpoder a ser agregado às funções do Chefe de Gabinete.

 

A segunda questão a ser respondida é a da nomeação dos subprefeitos distritais – depois que, no processo plebiscitário de domingo retrasado, a comunidade interiorana delegou a missão ao próprio prefeito, como ele, diga-se, sempre desejou. São nove distritos e o triplo de interesses por serem satisfeitos. De aliados do PMDB, do PP e do DEM, todos com interesses muito bem dispostos nas subcomunas. Boca do Monte,  Pains e São Valentim são, aparentemente, os problemas maiores que Schirmer terá que arbitrar. Mas não os únicos.

 

E a terceira situação a ser enfrentada, e não há mais como adiá-la, é a da formalização das fundações que tratarão do Meio Ambiente, de um lado, e da Assistência Social, do outro. Como elas funcionarão e quem nela vai trabalhar, afora suas atribuições específicas, tudo terá que ser contemplado em projeto de lei a ser enviado (para ser aprovado, claro) à Câmara de Vereadores. Em meio a tudo, a disputa pelos cargos principais. São, aliás, os últimos importantes para repartição aos aliados. Que, como se sabe, andam algo indóceis – até porque há superintendências importantes ainda sem donatários.

 

Isso tudo, mais as naturais atribuições do Executivo, compõe a ordem do dia da administração. E é a ela que Cezar Schirmer retornará, nesta segunda-feira. Que ele não tenha saudades da China, é o que se deseja. Mas, se tiver, esqueça: Santa Maria é aqui. Com seus problemas, virtudes e necessidades. Ah, e com sua política, também, claro.

 

EM TEMPO: a foto que ilustra esta nota foi tirada por Felipe Pires, da Superintendência de Comunicação Social da Prefeitura, no dia 15 passado, quando o prefeito transferiu o cargo ao vice, José Farret.

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